Promotores do Distrito Sul de Nova York (SDNY) dos Estados Unidos entraram com uma moção em 18 de setembro se opondo ao pedido de absolvição ou novo julgamento do explorador da Mango Markets, Avraham Eisenberg.

De acordo com os documentos apresentados pelos advogados do SDNY, o júri condenou corretamente Eisenberg ao avaliar uma "montanha de evidências", começando com a afirmação da promotoria de que os swaps perpétuos da Mango estão sujeitos ao Commodities Exchange Act.

Os promotores federais enfatizaram que a defesa de Eisenberg — argumentando que as acusações de fraude não se aplicam ao caso porque o réu não tentou manipular o preço de mercado do ativo subjacente — estava materialmente incorreta e observou as instruções do júri sobre manipulação de preços. Os advogados do Distrito Sul de Nova York afirmaram:

"A evidência também apoiou poderosamente a conclusão do júri de que o réu cometeu fraude e que a fraude foi material. A fraude estava no cerne e era necessária para realizar o esquema do réu."

Por fim, os promotores do SDNY rejeitaram a contestação de jurisdição da defesa — alegando que, como a maioria dos principais funcionários da Mango Markets reside em Manhattan, o Distrito Sul de Nova York tinha autoridade para julgar o caso.

Fonte: Court Listener.

A saga do hacker da Mango Markets

A Mango Markets foi hackeada em 11 de outubro de 2024, resultando em US$ 100 milhões sendo drenados da plataforma e o token Mango (MNGO) despencando 52% em 24 horas. Após a exploração de alto perfil, a equipe da Mango Markets confirmou que uma exploração de um oráculo de preços foi a culpada pelo ataque.

Mais tarde, Eisenberg revelou ser o hacker em um tópico de mídia social e defendeu a exploração como "ações legais de mercado aberto" — um ponto que seu advogado argumentaria mais tarde no julgamento.

Dois meses depois, em dezembro de 2024, Eisenberg foi preso em Porto Rico e posteriormente acusado de fraude e manipulação de mercado pelo Federal Bureau of Investigation.

O explorador da Mango Markets foi considerado culpado de fraude e manipulação de mercado em abril de 2024 e pode pegar até 20 anos de prisão se receber a pena máxima de um juiz.

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