De acordo com uma análise recente do Instituto Coreano de Finanças (KIF), o lançamento pela Coreia do Sul de um fundo negociado em bolsa (ETF) Bitcoin (BTC) à vista poderia causar graves perturbações económicas.

Embora a tendência global seja de aprovação de produtos de ETF vinculados a criptomoedas, o relatório destaca potenciais desafios únicos que o mercado coreano pode enfrentar.

Riscos potenciais do ETF Bitcoin da Coreia do Sul

A aprovação e lançamento de ETFs à vista de Bitcoin tornou-se uma tendência global, e esse fenômeno causou ampla discussão e atenção na comunidade financeira coreana. Em seu relatório "Revisão da aprovação de ETFs à vista de ativos virtuais no exterior", Lee Bo-mi, pesquisador da Agência Coreana de Serviços Financeiros, discutiu profundamente o impacto negativo que os ETFs Bitcoin podem ter no mercado coreano.

Li Pumei destacou que, embora a emissão e negociação de produtos vinculados a ativos virtuais possam proporcionar aos investidores proteção a nível institucional e as empresas financeiras também possam obter lucros com eles, estes produtos também são acompanhados de efeitos colaterais que não podem ser ignorados. Ela enfatizou que o lançamento de um ETF Bitcoin pode levar a vários problemas importantes: primeiro, a eficiência da alocação de recursos pode ser afetada; segundo, os riscos relacionados aos ativos virtuais podem aumentar e, finalmente, a estabilidade do mercado financeiro geral pode ser prejudicada; .

O relatório explica ainda que, embora os investidores institucionais possam beneficiar destes produtos financeiros, o impacto na economia em geral pode ser negativo. Ela citou a aprovação de um ETF Bitcoin pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) como um exemplo de seu impacto potencial no mercado. Nos Estados Unidos, a aprovação de um ETF Bitcoin levou a flutuações significativas de preços, com o valor do Bitcoin subindo 40% em apenas cinco meses. No entanto, essas flutuações violentas de preços também realçam a volatilidade inerente e a natureza especulativa dos activos virtuais, trazendo riscos consideráveis.

Entretanto, os analistas alertaram que uma volatilidade semelhante nos mercados sul-coreanos poderá ser prejudicial para a estabilidade dos mercados financeiros. Devido à alta volatilidade dos ativos virtuais como o Bitcoin, a incerteza e os riscos do mercado podem aumentar, o que representa um grande desafio para investidores e instituições financeiras que buscam um ambiente de investimento estável.

O relatório também enfatiza a necessidade de uma compreensão profunda e uma atitude prudente em relação aos riscos potenciais dos ETFs Bitcoin. Ela apelou aos reguladores financeiros da Coreia do Sul para avaliarem o impacto na estabilidade do mercado ao considerarem o lançamento de tais produtos e garantirem que existem medidas regulamentares adequadas para proteger os interesses dos investidores. Ao mesmo tempo, ela sugeriu que as agências reguladoras deveriam prestar muita atenção ao desenvolvimento do mercado global e aprender com as experiências e práticas de outros países e regiões na supervisão dos ETFs Bitcoin para formular estratégias regulatórias eficazes adequadas ao ambiente do mercado coreano.

Tendências globais e diferenças regulatórias regionais

À medida que os reguladores financeiros globais aceitam gradualmente mais produtos financeiros relacionados com criptomoedas, algumas regiões começaram a aprovar ETFs à vista, como Bitcoin e Ethereum. Em Abril de 2024, a Comissão de Valores Mobiliários e Futuros de Hong Kong (SFC) assumiu a liderança na aprovação de tais produtos, e a Autoridade Britânica de Conduta Financeira (FCA) seguiu-a em Maio do mesmo ano. Estas aprovações refletem a abertura dos mercados financeiros globais aos ETFs de criptomoedas.

No entanto, as abordagens regulamentares a estes produtos financeiros variam significativamente entre regiões para se adequarem às respetivas condições de mercado e ambientes regulamentares. Por exemplo, o ETF Bitcoin à vista de Hong Kong adota um mecanismo de resgate em dinheiro, que é mais simples e rápido do que o método de resgate à vista no mercado dos EUA. O Reino Unido adoptou uma estratégia mais conservadora e restringiu estes ETFs a investidores institucionais para reduzir potenciais riscos de mercado.

Estas diferenças regionais destacam as complexidades da integração de ETFs de criptomoeda no sistema financeiro tradicional. Li Boomei alertou que se o mercado coreano lançar um ETF Bitcoin sem considerar plenamente essas complexidades, isso poderá induzir os participantes do mercado a acreditar erroneamente que o ativo virtual é uma opção de investimento totalmente controlada e estável. Este mal-entendido pode levar a que grandes quantidades de dinheiro fluam para o mercado de activos virtuais altamente volátil, aumentando assim a instabilidade do mercado financeiro.

O relatório enfatizou que, se houver falta de mecanismos adequados de supervisão e proteção aos investidores, o mercado coreano poderá enfrentar sérios impactos. Ela destacou que o rápido crescimento do mercado de ativos virtuais e a proliferação de produtos financeiros relacionados exigem cautela e boa supervisão. Para manter a estabilidade do mercado financeiro e proteger os investidores, Lee apelou aos reguladores sul-coreanos para que adoptem medidas de supervisão abrangentes para se adaptarem às mudanças na dinâmica do mercado.

Li Pumei acredita que é crucial formular regulamentações que possam se adaptar às mudanças do mercado. Ela enfatizou que o impacto dos ativos virtuais no sistema financeiro ainda é incerto, o que exige que os reguladores levem em conta a estabilidade do mercado a longo prazo e os interesses dos investidores na formulação de políticas. Através de fortes medidas regulamentares, os riscos relacionados com os ETF de ativos virtuais podem ser reduzidos e o desenvolvimento saudável e sustentável do mercado financeiro pode ser assegurado. #韩国 #比特币ETF #金融风险 #监管

Conclusão:

A análise do Instituto de Finanças da Coreia (KIF) revela os riscos que os ETFs de Bitcoin à vista podem representar para o país e destaca a necessidade de avaliações aprofundadas do impacto no mercado ao introduzir tais inovações financeiras. Ao mesmo tempo, os reguladores devem ter cautela para garantir que o lançamento de quaisquer novos produtos financeiros seja consistente com os princípios de manutenção da estabilidade económica e de protecção dos interesses dos investidores.

Em suma, à medida que o mercado de activos virtuais continua a desenvolver-se, a Coreia do Sul precisa de formular políticas regulamentares que sejam simultaneamente rigorosas e flexíveis para se adaptarem às rápidas mudanças no mercado. Isto exige que as agências reguladoras não se esqueçam de aderir à estabilidade do mercado e à segurança dos investidores, ao mesmo tempo que promovem a inovação financeira para garantir o desenvolvimento saudável e a prosperidade a longo prazo do mercado financeiro da Coreia do Sul.