Ontem de manhã, todos lemos que o Banco Central da Nigéria (CBN) estava na frente e no centro emitindo uma diretiva abrangente que envolvia Bancos de Dinheiro de Depósito (DMBs), Instituições Financeiras Não Bancárias (NBFIs), Outras Instituições Financeiras (OFIs) e até mesmo o público em geral.

O comando foi cristalino. Fique de olho em qualquer pessoa que esteja lidando com empresas como Bybit, KuCoin, OKX e Binance. Esta não foi apenas mais uma confusão burocrática, mas um apelo à ação, identificado pela primeira vez em uma carta que a CoinDesk afirmou ter dado uma olhada.

A comunicação lembrou às instituições financeiras que mergulhar nas negociações de criptomoedas ou facilitar o caminho para pagamentos de criptomoedas permanece fora dos limites. Não é novidade que as criptomoedas e o CBN não são exatamente amigos, mas essa reiteração colocou um ponto positivo nisso.

O drama continua

Esta recente queda do martelo é uma sequência do drama Binance-Nigéria – um drama que ganhou as manchetes internacionais e azedou muitas conversas no intervalo do café.

Aqui está a recapitulação: – A Nigéria joga o livro na Binance, culpando-a pela queda livre no valor da naira graças a algumas especulações monetárias duvidosas. As coisas ficaram ainda mais sérias, com o governo estendendo o tapete de boas-vindas para dois altos executivos da Binance, apenas para algemá-los e – reviravolta na história – um deles se liberta!

A nova diretriz da CBN estava carregada de força. Eles queriam que essas contas sinalizadas recebessem um pedido “Pós-sem Débito” (PND) por seis meses. Quebre as regras e prepare-se para “severas sanções regulatórias”. E não se trata apenas de congelar fundos.

A carta também lançou sombra sobre qualquer “perpetrador” ou “agente suspeito” que esteja atuando no mercado de criptografia sob o radar, especialmente aqueles que se esgueiram comprando e vendendo USDT. A mensagem da CBN era basicamente: “Estamos assistindo e não estamos jogando”.

Curiosamente, a grande e má diretiva não fez menção a empresas de criptografia locais como a Flincap. De acordo com Nathaniel Luz, CEO da Flincap, isso provavelmente ocorre porque as empresas de criptografia nigerianas já estão fazendo fila para obter luz verde para as licenças necessárias.

Esclarecimento em meio à confusão

Mas ENTÃO – Na quarta-feira, a CBN está no Twitter, dizendo: “Espere aí, nunca dissemos isso!” Segundo eles, a circular aterrorizante que deixou todo mundo entusiasmado? Não o bebê deles. Eles estão dizendo a todos para relaxarem e verificarem os fatos em seu site legítimo para obter informações reais.

Esta informação não é originária do Banco Central da Nigéria. Para atualizações autênticas, visite o site oficial do Banco em https://t.co/R9TQU0eRpp. pic.twitter.com/LCoUvalMRy

– Banco Central da Nigéria (@cenbank) 24 de abril de 2024

Mas vamos voltar antes de toda essa bagunça começar. Em fevereiro de 2021, o CBN pretendia encerrar as transações criptográficas, citando os suspeitos do costume: lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo, crime cibernético e aquele passeio selvagem conhecido como volatilidade da criptomoeda.

Avancemos para dezembro de 2023 e é como se estivéssemos em um enredo diferente. A proibição foi suspensa e o CBN agora atua como treinador, distribuindo diretrizes aos bancos e instituições financeiras sobre como lidar com operações criptográficas, especificamente com Provedores de Serviços de Ativos Virtuais (VASPs).

Para quem está coçando a cabeça, os VASPs são os intermediários nas trocas que envolvem ativos virtuais e o bom e velho dinheiro. Este último episódio da CBN sugere uma possível mudança de opinião, ou pelo menos de estratégia, quando se trata de negociações de criptografia.

É uma reviravolta na história que faz com que todos adivinhem o que o próximo episódio trará ao drama criptográfico da Nigéria.