Bancos, tarifas, Trump e Elon Musk levam o troféu anual para casa. 2024 está chegando ao fim, o que significa que a posse de Donald Trump como presidente dos EUA está a apenas 20 dias de distância. Uma de suas maiores promessas ao povo americano é melhorar a economia do país, e seus olhos estão bem voltados para o setor bancário, que por acaso está no centro de uma controvérsia apelidada de "desbancarização".
Mais de um ano depois de Nigel Farage falar sobre desbancarização no Reino Unido, os debates estão esquentando nos Estados Unidos. Vozes populares, incluindo o capitalista de risco Marc Andreessen e o magnata da tecnologia Elon Musk, levantaram preocupações sobre indivíduos e empresas perdendo acesso ao sistema bancário, supostamente devido a afiliações políticas ou laços com criptomoedas.
Marc Andreessen, co-fundador da Netscape e investidor influente, destacou a questão durante uma entrevista no final de novembro com o apresentador do podcast Joe Rogan. Andreessen alegou que os bancos estão mirando indivíduos do lado político direito, rotulando-os como 'politicamente expostos' e rompendo laços financeiros.
Ele ainda afirmou que os bancos, sob pressão da administração Biden, têm sistematicamente fechado contas ligadas a negócios relacionados a criptomoedas.
A relação tensa dos bancos dos EUA com cripto: As vozes aumentam em volume
“Nos últimos quatro anos, conheço 30 fundadores de empresas de tecnologia que foram debanked”, afirmou Andreessen, incendiando uma onda de anedóticos de usuários de redes sociais relatando experiências semelhantes. Seus comentários alimentaram o fogo, provocando uma discussão generalizada sobre a politização das práticas bancárias.
Elon Musk se manifestou sobre o assunto via X, chamando o debanking de um exemplo de abuso de poder do governo. Musk argumentou que fechamentos de contas motivados politicamente deveriam ser considerados um crime federal.
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— Kekius Maximus (@elonmusk) 29 de novembro de 2024
Enquanto isso, as alegações de Melania Trump de que seu banco encerrou sua conta após o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro energizaram ainda mais críticos para amplificar suas alegações. Relatos de que seu filho Barron também foi negado uma conta bancária aumentaram as 'alegações' de viés financeiro.
No lado político direito, essas ações foram coletivamente denominadas 'Operação Choke Point 2.0', referindo-se a uma iniciativa da era Obama que buscava limitar o acesso bancário para indústrias controversas, como o empréstimo dia a dia.
David Sacks, o novo czar de IA e criptomoeda da administração Trump, prometeu examinar a questão. Ele expressou seus sentimentos sobre o assunto, dizendo: 'Há histórias demais de pessoas sendo prejudicadas pela Operação Choke Point 2.0.'
Há algo como burocracia demais?
Críticos do debanking argumentam que obstáculos burocráticos e pressões regulatórias estão fazendo com que os bancos rompam laços com certos clientes. Desde a crise financeira de 2008, os bancos enfrentaram milhares de páginas de novas regulamentações e bilhões de dólares em multas, levando a uma abordagem mais avessa ao risco.
Quando os bancos encerram relacionamentos com clientes, a justificativa muitas vezes é vaga, alimentando especulações de que estão tomando decisões motivadas politicamente.
Os reguladores, incluindo a Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC), insistem que não direcionam os bancos a descartar clientes específicos. No entanto, em 2022, a FDIC aconselhou os bancos a informá-los sobre quaisquer planos de se envolver com negócios relacionados a criptomoedas, o que levanta a questão se os fechamentos de contas são uma questão de escolha ou coincidência.
Edward Fishman, um ex-oficial do Departamento de Estado e autor de Chokepoints: O Poder Americano na Era da Guerra Econômica, afirmou: 'Com a cripto se tornando mais entrelaçada com o sistema financeiro formal e o setor bancário, os bancos estão apavorados com a possibilidade de infringirem sanções.'
O crescimento da adoção de IA e cripto é lento: Biden é responsável?
O debate sobre debanking é apenas um aspecto de preocupações mais amplas sobre o abuso de poder do governo. Críticos da administração Biden argumentam que suas ações sufocaram tecnologias emergentes, incluindo inteligência artificial (IA) e criptomoedas, explorando pontos de estrangulamento regulatórios.
Marc Andreessen revelou que foi avisado contra financiar startups de IA durante uma reunião com oficiais da Casa Branca no início deste ano. Ajudantes da administração supostamente indicaram planos para criar um 'fosso regulatório' em torno de empresas de IA selecionadas que poderiam controlar.
Alguns oficiais supostamente chegaram a sugerir que certas áreas da matemática poderiam ser classificadas, ecoando restrições da era da Guerra Fria sobre a pesquisa em física. Essas alegações levantaram alarmes sobre a potencial politização do desenvolvimento tecnológico.
Em 2022, a administração Biden supostamente emitiu uma ordem executiva apoiando a exploração de uma moeda digital de banco central (CBDC). Acompanhando essa medida, foi publicado um documento defendendo políticas para 'limitar ou eliminar' a mineração de Bitcoin.
Até 2024, a administração implementou um imposto sobre consumo de 30% sobre a eletricidade usada por mineradores de Bitcoin e impôs auditorias de energia obrigatórias em grandes operações de mineração. Essas medidas provocaram processos judiciais de empresas de cripto, que acabaram tendo sucesso nos tribunais.
Críticos argumentam que essas ações foram projetadas para centralizar o controle sobre ativos digitais e restringir o acesso dos mineradores a recursos essenciais, como energia. 'Desconectar', como foi chamado, espelha a suposta estratégia de debanking para controlar criptomoedas por meios indiretos.
A administração de Trump promete reformas
A administração do presidente eleito Donald Trump prometeu abordar o escândalo do debanking e questões relacionadas. David Sacks pediu uma investigação sobre agências regulatórias, incluindo a FDIC, o Escritório do Controlador da Moeda (OCC) e a divisão regulatória prudencial do Federal Reserve.
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O ex-Controlador da Moeda Brian Brooks também sugeriu revisar as regras de 'acesso justo' que exigiriam que os bancos prestassem serviços, a menos que tivessem um motivo financeiro legítimo para terminar um relacionamento.
A equipe de Trump propôs reformas que visam garantir a neutralidade nas práticas bancárias e proteger o acesso a serviços financeiros para atividades legais. Críticos do debanking esperam que essas medidas impeçam uma maior utilização do sistema bancário como arma e promovam um ambiente de acesso justo para todas as indústrias, independentemente de pressões políticas ou regulatórias.
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