Quando você começa a negociar, você faz isso com um objetivo claro: ganhar dinheiro, alcançar aquela independência financeira que todos nós sonhamos. No início, seu foco está em aprender, analisar os mercados, identificar oportunidades que permitem que você aumente seu capital. Mas então, as mídias sociais entram no seu caminho. Você começa a seguir outros traders, a compartilhar suas próprias negociações, suas análises, suas vitórias e seus erros. Sem nem perceber, você muda de analista de mercado para criador de conteúdo. Você troca o tempo que costumava gastar estudando gráficos e estratégias pelo tempo gasto criando postagens, vídeos e comentários.

É aqui que muitos traders caem em uma armadilha perigosa: eles trocam a chance de ganhar dinheiro pela necessidade de serem vistos, de obter "curtidas", seguidores e comentários. Sem perceber, você começa a buscar validação externa mais do que lucratividade em suas negociações. A negociação, que antes era um exercício de independência, se transforma em uma busca por aprovação. Você deixa de confiar em si mesmo e em seu relacionamento com o mercado para confiar no que os outros pensam de você e de seus resultados.

O que muitos não entendem é que o mercado, com toda a sua volatilidade e incerteza, oferece algo que nenhuma rede social ou comunidade online pode lhe dar: liberdade. O mercado não julga você, não se importa com quantos seguidores você tem, quantos likes você recebe ou se sua última negociação foi um sucesso ou não. No mercado, é você contra as probabilidades. Você é quem toma as decisões e, em última análise, você é responsável pelo seu sucesso ou fracasso. Essa é a verdadeira liberdade — a capacidade de ganhar a vida sem depender das opiniões dos outros, sem estar preso a métricas vazias como contagens de seguidores ou engajamento em suas postagens.

Então, como trader, você deve escolher: você prefere a notoriedade que a mídia social oferece ou a liberdade que o mercado lhe dá? A primeira é viciante, mas afasta você do seu verdadeiro objetivo. A última é desafiadora, mas é o único caminho para a independência real. Não há uma resposta certa para todos, mas se o que o levou a negociar foi a possibilidade de ser livre, lembre-se de que essa liberdade nunca virá da aprovação dos outros — ela virá da sua capacidade de navegar no mercado com confiança.

A escolha é sua.