Testemunha nigeriana afirma que usuários da Binance operam sob identidades falsas

Uma testemunha no julgamento nigeriano de lavagem de dinheiro contra a Binance alegou que muitos usuários locais da plataforma de troca de criptomoedas estão operando sob identidades falsas. A testemunha afirmou ainda que, ao permitir que os usuários retirem naira nigeriana (NGN), uma atividade regulamentada, a Binance viola as leis locais.

Encargos de lavagem de dinheiro

Um vice-diretor do Banco Central da Nigéria (CBN) testemunhou em um tribunal local que muitos nigerianos que usam a bolsa de criptomoedas Binance empregam identidades falsas. Olubukola Akinwumi, chefe de Política e Regulamentação de Pagamentos, deu seu testemunho durante o julgamento de lavagem de dinheiro contra Binance e Tigran Gambaryan. Akinwumi, que é testemunha da Comissão de Crimes Económicos e Financeiros (EFCC) no caso, também alegou que a Binance não possui a licença operacional necessária, tornando as suas atividades ilegais na Nigéria.

Akinwumi afirmou que a CBN descobriu a prática dos usuários da Binance de ocultar suas identidades enquanto monitoram as atividades dos provedores de pagamento. Ele argumentou que a Binance permite aos usuários depositar e sacar moeda local para concluir negociações, prática não autorizada pela CBN.

Conforme relatado pelo Bitcoin.com News, Binance e o preso Gambaryan enfrentam acusações de lavagem de dinheiro envolvendo US$ 34,5 milhões. Gambaryan inicialmente também enfrentou acusações de evasão fiscal, mas estas foram retiradas depois que a Binance nomeou um representante local.

A testemunha da Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros (EFCC) no caso em andamento contra a Binance também teve como alvo a plataforma peer-to-peer (P2P) da exchange durante seu depoimento em 5 de julho. Ele argumentou que a plataforma permite que indivíduos troquem criptomoedas diretamente entre si, contornando a supervisão do banco central.

“A plataforma Binance facilita todos os processos ou transações P2P como acabei de enumerar, seja usando uma conta bancária nigeriana já armazenada pelos usuários na plataforma Binance ou a conta de carteira naira fornecida pela plataforma Binance”, acrescentou Akinwumi.

Após o depoimento da EFCC, a juíza do Tribunal Superior Emeka Nwite adiou o julgamento para 16 de julho para permitir que Binance interrogasse a testemunha.

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