Gustavo Petro já defendeu que o bitcoin seria uma boa opção, mas agora defende pegar um percentual da poupança da população nos bancos, o que chamou de "investimentos forçados".

Gustavo Petro, presidente da Colômbia

Gustavo Petro, presidente da Colômbia eleito em 2022. Twitter

presidente da Colômbia levantou uma nova polêmica com o que chamou de investimentos forçados, devendo afetar a poupança no país.

Em evento público na última semana, ele declarou que pretende aquecer a economia colombiana com várias medidas. Mas uma delas tem causado polêmicas, visto que ele que um percentual da poupança nos bancos para investir no governo.

Quero que sejam aprovados no Congresso colombiano investimentos forçados, para a indústria exportadora, para a melhoria habitacional e novas habitações, e para a economia popular. Eles já existem para a agricultura“, disse Petro via X/Twitter.

Apesar de no passado o atual presidente ter defendido o Bitcoin contra a senhoriagem dos bancos sobre as moedas fiduciárias nacionais, Petro agora pretende utilizar recursos para investir no estado. Considerado um dos políticos de esquerda na América Latina, ele recebeu inúmeras críticas pela medida anunciada.

Senadora da oposição criticou novos investimentos forçados com a poupança do povo da Colômbia

Apesar da medida do novo governo prever um aquecimento da economia com a poupança do povo da Colômbia, a oposição no país já deixou claro que vai lutar contra.

A senadora María Fernanda Cabal foi uma política da oposição a se declarar contra. De acordo com ela, o dinheiro na poupança pertence aos poupadores, não a um governo irresponsável. Em sua publicação, ela coloca o trecho do evento em que Petro falou sobre as novas medidas com a poupança.

“Tirar a poupança pública dos bancos? O dinheiro pertence aos poupadores, não ao caixa de um governo financeiramente irresponsável.”

¿Sacar el ahorro público de los bancos? El dinero es de los ahorradores, no para la caja menor de un gobierno irresponsable financieramente. pic.twitter.com/ZdNABIGezL

— María Fernanda Cabal (@MariaFdaCabal) August 10, 2024

Vale lembrar que em 2021, um ano antes de Gustavo Petro chegar a presidência da Colômbia, um plano do antigo governo já previa um confisco geral da poupança no país. Ou seja, a medida não é uma novidade, mas alerta a população sobre um problema que já aconteceu no Brasil, durante o Governo Collor.

Apesar da vontade de Gustavo Petro, ele ainda precisa aprovar no congresso colombiano suas novas medidas.

Gustavo Petro já falou sobre o Bitcoin no passado

O atual presidente da Colômbia Gustavo Petro já se mostrou um antigo apoiador do bitcoin, até de sua mineração.

Em 2021, por exemplo, ele defendeu El Salvador em seu projeto de adoção do bitcoin em larga escala, indicando que a Colômbia deveria seguir o exemplo. Contudo, além de não seguir o conselho após chegar a presidência, Petro ainda não realizou nenhum projeto ligado ao Bitcoin no país.

Antes disso, em 2017, ele havia publicado que o Bitcoin retira o poder de emissão dos estados e senhoriagem da moeda dos bancos.

“O Bitcoin retira o poder de emissão dos estados e a senhoriagem da moeda dos bancos. É uma moeda comunitária que se baseia na confiança de quem realiza transações com ela, pois é baseada no blockchain, a confiança é medida e cresce, daí sua força.”

Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em 2017 defendeu o bitcoin como moeda promissora

Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em 2017 defendeu o bitcoin como moeda promissora

Com seu novo plano de investimentos forçados, tudo indica que ele entende que os bancos são os pontos fracos do sistema financeiro colombiano atual. Mesmo assim, não há nenhum plano atual do presidente que envolva o bitcoin para melhorar a situação da Colômbia.


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