CEO da Coinspeaker CryptoQuant: Bitcoin Velocity enfrenta estagnação

Apesar do enorme apelo e aprovação dos fundos negociados em bolsa de Bitcoin à vista, a taxa de transação da rede blockchain remonta ao que era durante seus estágios iniciais. O CEO da CryptoQuant, Ki Young Ju, observou que a velocidade do BTC estagnou, ecoando os níveis de 13 anos atrás.

Em uma postagem na plataforma de mídia social X, Ju sugeriu que o papel do Bitcoin evoluiu mais para o de “ouro digital” do que para um meio para transações cotidianas. Esta mudança é significativa, indicando que embora o Bitcoin tenha sido adotado por muitos, o seu uso como moeda de transação diária não atendeu às altas expectativas iniciais.

De acordo com o executivo da CryptoQuant, instituições e indivíduos estão tratando cada vez mais o Bitcoin como uma reserva de valor, mantendo-o em vez de gastá-lo com frequência.

“Apesar da visão de Satoshi de “dinheiro eletrônico P2P”, o Bitcoin é usado principalmente como “ouro digital”, com instituições que o mantêm sem transações frequentes”, disse Ju.

A velocidade do Bitcoin é uma forma de ver com que frequência o BTC é usado nas transações. Ele mede a frequência com que o BTC se move entre carteiras durante um determinado período. Os dados revelaram que a velocidade de transação do Bitcoin hoje reflete a de 2011. Apesar de vários picos na atividade de transação ao longo dos anos, os níveis atuais sugerem uma tendência de estagnação a longo prazo. É claro que o ativo digital tem uso prático limitado como moeda cotidiana.

Bitcoin não é adequado para pagamentos

Nick Tomaino, que já trabalhou na Coinbase, também afirmou que o Bitcoin não é bom para pagamentos por meio de uma postagem no X. Durante os primeiros dias da Coinbase, o BTC revolucionaria o cenário de pagamentos, observou Tomaino ao acrescentar:

“Contratamos alguns grandes comerciantes, como a Overstock, para aceitar o BTC, o que foi bom para a credibilidade, mas rapidamente ficou claro que não havia um caso de negócios de longo prazo para pagamentos de bitcoin.”

Zach Rynes, representante da comunidade Chainlink, destacou as dificuldades técnicas que o Bitcoin enfrenta como método de pagamento. Ele disse que o BTC não possui a programabilidade que plataformas como Ethereum oferecem.

Rynes observou que o baselayer do Bitcoin “simplesmente não é capaz de fazer isso [pagamentos] do ponto de vista técnico, talvez um dia, mas hoje não é”. A Lightning Network, que possui transações mais rápidas, mostrou potencial, mas apresenta seu próprio conjunto de desafios, principalmente em relação à liquidez e escalabilidade. Essas questões complicam ainda mais o uso do BTC para transações cotidianas, disse Rynes.

A análise de Rynes ressalta as complexidades envolvidas no uso do Bitcoin como método de pagamento. Também destaca a necessidade de soluções práticas que atendam às necessidades dos comerciantes, ao mesmo tempo que defendem os princípios da descentralização.

Por outro lado, os entusiastas do BTC defenderam seu caso, acrescentando que uma das razões pelas quais o BTC não é usado pelas pessoas é porque a Receita Federal “considera cada transação de gasto um evento tributável”. Rynes observou que sua discussão e análise foram baseadas no fato de que o BTC não é um bom método de pagamento e não no motivo pelo qual as criptomoedas não são meios de pagamento populares.

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