O preço da principal criptomoeda Bitcoin ($BTC) deverá se beneficiar do crescimento da oferta monetária nos Estados Unidos, já que a liquidez global subiu recentemente para perto da marca de US$ 100 trilhões, num momento em que o próprio BTC está sendo negociado a US$ 71.000.

De acordo com um gráfico compartilhado na plataforma de microblog X (anteriormente conhecida como Twitter) pelo fundador do serviço de dados on-chain LookIntoBitcoin, Philip Swift, a oferta global – conhecida como M2 – está se aproximando de um máximo histórico em torno de US$ 100 trilhões.

Este nível de liquidez sem precedentes está historicamente correlacionado com os movimentos dos preços do Bitcoin, de acordo com Swift. Sua plataforma, como o Cointelegraph relatou pela primeira vez, rastreia dados globais do M2 e os compara ao comportamento do preço do Bitcoin, e mostra que o atual M2 de US$ 94 trilhões supera o número observado no final de 2021, quando o Bitcoin atingiu seu recorde anterior de US$ 69.000, com um aumento de US$ 3 trilhões.

O gráfico mais importante para esta corrida de touros acaba de atingir um novo recorde histórico. Você está pronto?#bitcoinpic.twitter.com/hZsF6ljsvR

-Philip Swift (@PositiveCrypto) 5 de junho de 2024

Além disso, o M2 recuperou 10% desde que caiu para US$ 85 trilhões no final de 2022, coincidindo com as profundezas do mercado baixista das criptomoedas.  Essas descobertas ressoam com outras análises recentes baseadas em liquidez, que também projetam uma perspectiva otimista para o Bitcoin.

A relação entre o Bitcoin e a oferta monetária M1 dos EUA também é digna de nota. Esta métrica está atualmente saindo de um período de consolidação de sete anos – o mais longo da história do Bitcoin – sugerindo espaço significativo para crescimento.

Os investidores institucionais parecem estar usando o Bitcoin como uma forma de diversificar seus portfólios, com produtos de investimentos em criptomoedas registrando entradas de US$ 15 bilhões no acumulado do ano, dos quais US$ 14,74 bilhões foram para produtos que oferecem exposição ao BTC.

Produtos que apostam na segunda maior criptomoeda, o ETH da Ethereum, tiveram ingressos de US$ 33,5 milhões na semana, depois que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) abriu caminho para a listagem de fundos negociados em bolsa (ETFs) Ether à vista no país, elevando seus fluxos acumulados no ano para apenas US$ 11 milhões.

Enquanto isso, os produtos que oferecem exposição ao rival da Ethereum, Solana ($SOL), tiveram entradas de US$ 5,8 milhões, elevando os fluxos acumulados no ano para US$ 35 milhões. Produtos com foco em múltiplos ativos digitais tiveram saídas de US$ 2,7 milhões na semana passada.

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