Sobre a inflação do PCE nos EUA, Bret Kenwell, analista de investimentos nos EUA, salienta que os dados do PCE dão aos investidores a confiança de que o Fed será capaz de começar a cortar as taxas. No entanto, lembre-se que o banco central precisará de “mais de um mês de resultados de inflação mais ou menos controlados”.
Na sua opinião, o órgão presidido por Jerome Powell “precisará de ver uma tendência sustentável para uma inflação mais baixa para se sentir suficientemente confiante para reduzir as taxas sem ver uma recuperação da inflação. Ainda não chegámos lá, mas os relatórios de inflação de maio foram um primeiro passo construtivo.”
No início deste mês, os investidores ficaram mais confiantes num corte das taxas por parte do Fed, na sequência de um relatório favorável do IPC. Agora, com os dados do PCE alinhados com as expectativas dos economistas, os investidores podem sentir-se mais confiantes nesta frente.
Embora não queiramos necessariamente ver a fraqueza dos consumidores, a redução dos gastos a retalho deverá ajudar a atiçar as chamas das taxas mais baixas no segundo semestre de 2024. Em última análise, a Fed irá baixar as taxas de duas maneiras. Ou a economia enfraquece a ponto de precisar de condições financeiras mais flexíveis ou a inflação esfria. Há uma preferência óbvia pelo último.
Lembre-se que o Federal Reserve precisará de mais de um mês de resultados de inflação mais ou menos controlados. Será necessário observar uma tendência sustentável no sentido de uma inflação mais baixa para se sentir suficientemente confiante para reduzir as taxas sem ver um aumento na inflação. Ainda não chegámos lá, mas os relatórios de inflação de Maio foram um primeiro passo construtivo.
Os bens duradouros continuaram a apresentar fraqueza, enquanto a inflação nos serviços – como a habitação e os cuidados de saúde – continuou a ser um ponto de discórdia no relatório do PCE. Para que a Fed vença a inflação, terá de ver a inflação dos serviços começar a abrandar.
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