Numa grande reviravolta nos acontecimentos, diz-se que os países do G20 estão alinhados com o Reserve Bank of India no que diz respeito aos riscos inerentes associados às criptomoedas. Há uma clara onda de consenso emergente entre estes países, reconhecendo a necessidade de um quadro regulamentar reconhecido internacionalmente para gerir ativos criptográficos.

Reunião do G20 FMCBG reúne vários países

Em abril deste ano, a ministra das Finanças indiana, Nirmala Sitharaman, propôs um quadro regulamentar comum para o G20 regular a indústria emergente de criptomoedas. Como atual presidente do G20, a Índia concentrou as discussões atuais nas criptomoedas, refletindo a sua crescente influência global.

De acordo com relatos da mídia local, uma recente reunião com a presença dos Ministros das Finanças e Governadores dos Bancos Centrais do G20 (FMCBG) revelou os desafios macroeconômicos e os riscos colocados pelas criptomoedas.

Anteriormente, o Reserve Bank of India (RBI) expressou preocupações sobre o potencial impacto adverso das criptomoedas no ecossistema económico mais amplo. Fontes entrevistadas pelos meios de comunicação sugeriram que, devido aos riscos, cada jurisdição poderia escolher regulamentações mais rigorosas com base no quadro existente. Isso poderia eventualmente levar a uma proibição total das criptomoedas.

Ênfase na ação coletiva: a perspectiva do GAFI

No mês passado, a terceira reunião plenária do Grupo de Acção Financeira (GAFI) enfatizou a importância da acção colectiva no combate às actividades ilegais relacionadas com a criptografia. Entretanto, dois relatórios abrangentes foram apresentados na reunião de Julho.

Estes relatórios são produzidos pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) e pelo Banco de Pagamentos Internacionais (BIS). A investigação do FSB forneceu várias recomendações, mas a organização reconheceu que não cobria todas as categorias de risco associadas aos criptoativos. Por outro lado, o relatório do BIS destaca as fraquezas estruturais inerentes às criptomoedas e o seu potencial limitado para proporcionar benefícios sociais.

Consenso crescente sobre os riscos das criptomoedas

Uma fonte disse: “A maioria dos países agora concorda com as preocupações do Banco Central da Índia sobre os riscos financeiros e outros riscos das criptomoedas. A terceira reunião do FMCBG do G20 realizou uma discussão aprofundada sobre esta questão”.

Embora o governo indiano tenha questionado a ideia de proibições unilaterais, tem defendido a cooperação internacional para combater a arbitragem regulatória. O governo enfatizou ainda a necessidade de normas globais contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo.

Durante a reunião, as autoridades expressaram preocupações sobre o potencial colapso do comércio de criptomoedas e sua tendência de facilitar atividades ilegais. O Conselho de Estabilidade Financeira e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estão revisando vários aspectos da regulamentação das criptomoedas e da estabilidade financeira e pretendem publicar um “documento de consolidação” ainda este ano.

Cenário de criptomoeda indiano em meio a discussões regulatórias

Essas discussões surgem no momento em que uma pesquisa recente revelou que mais de 53,2% dos investidores indianos em criptomoedas buscam retornos de longo prazo. Entretanto, as previsões sugerem que o crescente mercado web3 da Índia poderá acrescentar 5,1 mil milhões de dólares ao PIB do país até 2032. Isto será impulsionado pelo forte interesse entre os jovens da Índia na indústria web3.

Esta série de eventos destaca a urgência de um quadro regulatório bem estruturado e universalmente aceito para criptomoedas em todo o mundo, que estabeleça um equilíbrio entre a promoção da inovação e a redução dos riscos financeiros. Também sublinha a responsabilidade colectiva dos países do G20 em orientar o panorama das criptomoedas para um crescimento sustentável.

#G20  #印度