Durante uma entrevista recente à Bloomberg, Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, reiterou sua crença de longa data de que o Bitcoin é um “esquema Ponzi público descentralizado”. Dimon expressou seu ceticismo sobre o potencial do Bitcoin como moeda, afirmando que sempre manteve sua opinião de que lhe faltam perspectivas nesse sentido.
Além disso, Dimon chamou o Bitcoin de fraude, dizendo: “se você quer dizer criptografia como o Bitcoin, eu sempre disse que é uma fraude”. No entanto, ele reconheceu o valor da tecnologia blockchain e dos contratos inteligentes, reconhecendo suas aplicações potenciais. Dimon esclareceu que se uma criptomoeda pode oferecer algo útil como contratos inteligentes, que possuem valor inerente, então a tecnologia blockchain tem um propósito. Ele disse: “na medida em que a criptografia acessa certas coisas do blockchain, isso pode ter algum valor”.
Embora Dimon veja potencial no blockchain e nos contratos inteligentes, ele tem criticado consistentemente o Bitcoin, associando-o a atividades ilícitas, como combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Ele afirmou anteriormente que se esses casos de uso negativos não puderem ser resolvidos, os reguladores deveriam intervir e encerrar o Bitcoin. No entanto, esta seria uma tarefa desafiadora, considerando a ampla rede de mais de 20.000 nós Bitcoin em operação atualmente.
Apesar da posição crítica de Dimon em relação ao Bitcoin, o JP Morgan tornou-se um “participante autorizado” em vários fundos negociados em bolsa (ETFs) Bitcoin à vista oferecidos pela BlackRock, Invesco/Galaxy Digital e Fidelity. Em um relatório divulgado em dezembro, um analista do JP Morgan expressou dúvidas sobre o impacto de longo prazo dos ETFs Bitcoin no mercado e previu que o Ethereum superaria o Bitcoin em 2024.