Já se passaram mais de 15 anos desde que Satoshi Nakamoto apresentou o Bitcoin ao mundo, e muita coisa aconteceu nesse período. Desde ser chamado de esquema de pirâmide, veneno de rato (sq), e proclamado morto centenas de vezes, até se tornar num activo de biliões de dólares com uma dúzia de fundos negociados em bolsa a acompanhar o seu desempenho no maior mercado financeiro do mundo.
A sua curva de adopção, que foi recentemente associada à da Internet a partir de 1997, registou alguns desvios na sua trajectória ascendente, mas a tendência geral é bastante promissora. Os dados do Google Trends também mostram que os comerciantes varejistas retornaram gradualmente ao cenário, mas alguns países estão mais inclinados a procurar a criptomoeda primária do que outros. Aqui estão os 5 primeiros.
El Salvador reina supremo
Talvez não seja nenhuma surpresa para ninguém, mas o primeiro país na lista de consulta do Google é El Salvador. Afinal, a pequena nação centro-americana ganhou as manchetes em 2021, quando se tornou o primeiro país a reconhecer oficialmente o Bitcoin como moeda legal.
Desde então, seu líder político pró-BTC – Nayib Bukele – e sua administração delinearam inúmeras iniciativas relacionadas ao Bitcoin, incluindo um hospital veterinário pago com a criptomoeda, títulos vulcânicos, bem como mineração com o excesso de energia vulcânica.
Por último, mas não menos importante, El Salvador tem acumulado discretamente BTC nos últimos anos. A nação passou pelo devastador mercado baixista de 2022 e sobreviveu a vários ataques de organizações globais como o FMI, que criticou sua abordagem pró-Bitcoin.
Os dados deste rastreador mostram que o país liderado por Bukele tem US$ 400 milhões em BTC a partir de agora.
Nigéria segue o exemplo
A nação africana tem lutado contra a inflação galopante há anos e, ao mesmo tempo, culpou a indústria das criptomoedas (e a Binance) pela desvalorização da sua moeda fiduciária. Além disso, o governo impôs algum tipo de proibição aos seus bancos de parar de atender clientes de criptomoedas, o que foi finalmente suspenso no final do ano passado.
Apesar desta controvérsia, os nigerianos sempre gostaram do Bitcoin e de outros ativos digitais, como mostram muitas pesquisas. Os dados do Google Trends apoiam esta tese, já que a Nigéria ocupa o segundo lugar em interesse no Bitcoin.
Pesquisas de Bitcoin por países. Fonte: Google Quem mais está entre os 5 primeiros?
Embora a presença de El Salvador e da Nigéria seja algo esperada, dado o facto de o BTC ser legal num dos países e o segundo estar a lutar contra a inflação, os outros três entre os cinco primeiros são bastante surpreendentes. Isto deve-se principalmente ao facto de virem da Europa e serem nações com economias fortes – Liechtenstein, Suíça e Áustria.
Não foi dito e escrito muito sobre os níveis de adoção do Liechtenstein e da Áustria, mas a Suíça está entre os países mais pró-cripto, ou pelo menos algumas regiões locais.
Existem vários produtos criptográficos negociados em bolsa no mercado suíço, um banco local oferece apostas para diferentes ativos e o Cantão de Zug permite que certos pagamentos sejam feitos com Bitcoin e Ethereum.
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