Depois de um ano difícil de 2022 para toda a economia, 2023 não parece melhor.

Neste primeiro trimestre de 2023, assistimos a diversas crises bancárias.

Na Europa, os bancos foram postos à prova devido à crise financeira. O Credit Suisse, um banco com sede em Zurique, foi adquirido pelo UBS depois de passar por sérios reveses que provocaram pânico no sector bancário.

Temos também a falência de vários bancos americanos como: Silvergate Bank, Silicon Valley Bank e Signature Bank em março de 2023.

O resgate dos clientes do Credit Suisse e do Silicon Valley Bank lança a sombra de uma nova crise financeira.

Estas crises bancárias nada mais são do que as consequências do aumento das taxas directoras da Fed desde 2022 para combater a inflação.

Uma crise bancária sempre teve repercussões nos mercados financeiros, leva à queda da confiança no sistema bancário tradicional, nas transações financeiras.

Os investidores que não se sentem seguros com os bancos procurarão meios alternativos de armazenamento de riqueza como: ouro, títulos públicos, commodities e até ouro digital. Como este último não é considerado pela maioria como um porto seguro devido à sua elevada volatilidade, servirá apenas como um activo de diversificação.

Os bancos são intervenientes importantes no mercado de ações e uma crise bancária tem um impacto mais negativo do que positivo na economia e no mercado de ações.

Quando um banco entra em falência é um mau sinal para os consumidores e clientes de outros bancos. Estamos testemunhando uma corrida aos bancos.

Uma corrida bancária é uma situação em que um grande número de clientes de um banco ou outra instituição financeira retiram os seus depósitos ao mesmo tempo, por receio da solvabilidade do banco. Quanto mais pessoas levantarem os seus fundos, maior será a probabilidade de incumprimento, o que por sua vez pode encorajar mais pessoas a levantarem os seus depósitos.

As corridas bancárias ocorrem quando muitas pessoas começam a retirar dinheiro de um banco porque temem que a instituição esteja a ficar sem dinheiro. Uma corrida aos bancos é geralmente o resultado de pânico e não de insolvência total. No entanto, uma corrida aos bancos desencadeada pelo medo pode levar um banco à insolvência real.

Já em recessão, enfrentar um problema de liquidez para bancos, empresas e investidores também estará em dificuldades e surgirá o problema de:

- Abrandamento da actividade económica: O acesso das empresas e dos particulares ao financiamento para investir ou desenvolver actividades ou consumir torna-se mais difícil. Isto criará um efeito dominó: falência empresarial, aumento do desemprego, queda dos activos do mercado bolsista, queda dos preços dos bens e serviços que podem levar à estagnação económica a longo prazo.