• Com o teste piloto do Real Digital, o governo brasileiro busca replicar o sucesso de seu sistema de pagamento instantâneo Pix.

  • O banco central brasileiro está conduzindo o teste piloto na blockchain Stellar, uma vez que ela é altamente funcional e projetada para adoção em massa pelas empresas.

Todas as grandes economias do mundo pretendem lançar a sua própria moeda digital do banco central (CBDC) e o país latino-americano, o Brasil, é o último a conduzir um piloto CBDC. De acordo com o último relatório da Reuters, o banco central do Brasil lançou oficialmente o piloto de seu CBDC experimental.

O teste do CBDC brasileiro – Digital Real – está ocorrendo atualmente na rede blockchain Stellar. Na segunda-feira, 6 de março, o Banco Central brasileiro anunciou o lançamento de seu projeto piloto de moeda digital e busca emular o sucesso do Pix, sistema de pagamento instantâneo.

Fabio Araujo, executivo do banco central brasileiro que coordena todo o projeto CBDC, espera que o uso público do Real Digital aconteça até o final de 2024. É claro que a adoção acontecerá após uma fase de testes bem-sucedida, bem como após a subsequente avaliação do feedback.

O banco central brasileiro está conduzindo o teste piloto na blockchain Stellar, uma vez que ela é altamente funcional e projetada para adoção em massa pelas empresas. Os testes incluem verificação Conheça seu Cliente (KYC) e procedimentos antifraude, além de rastreabilidade e um processo de identidade descentralizado na cadeia.

Embora o banco central brasileiro tenha escolhido o blockchain Stellar para os testes piloto, não há certeza de que eles escolheriam o mesmo blockchain para a emissão real. A fase de testes do Real Digital incluirá compra e venda de títulos públicos federais entre pessoas físicas.

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As ambições do CBDC do Brasil

Fabio Araujo, que trabalha ativamente no projeto CBDC da Barzil, afirmou que o Real Digital será construído como meio de pagamento executado na Distributed Ledger Technology (DLT). Além disso, também apoiará a prestação de serviços financeiros de varejo liquidados por meio de depósitos tokenizados em instituições de sistemas financeiros e de pagamentos no Brasil. Falando à Reuters, ele disse:

Esse ambiente reduz custos e traz possibilidade de inclusão financeira para as pessoas. Você tem serviços que são muito caros de realizar, como as operações compromissadas, que hoje são apenas para bancos, mas que poderiam ser realizadas por qualquer pessoa com uma tecnologia baseada em moedas digitais.

Isto poderia reduzir o custo do crédito, o custo de melhorar o retorno dos investimentos. Há um grande potencial para novos prestadores de serviços, fintechs, democratizando o acesso ao mercado e oferecendo novos serviços.

Araujo acrescentou ainda que os depósitos bancários continuarão a existir no CBDC brasileiro, mas existiriam em um ambiente mais moderno. “Os bancos estão muito interessados ​​neste novo mundo tokenizado, em cada conversa que temos eles demonstraram muito interesse”, disse Araujo.