De acordo com o Cointelegraph, um profissional jurídico criticou a rigorosa política de impostos criptográficos do governo indiano, descrevendo-a como uma tentativa de deslocar a tecnologia blockchain e criptográfica devido a preocupações com atividades ilícitas. Amit Kumar Gupta, um profissional jurídico da Suprema Corte da Índia e do Instituto Indiano de Tecnologia-Kanpur, apresentou um artigo de pesquisa sobre tributação criptográfica no Peer-to-Peer Financial Systems Workshop 2024 em Dubai. Gupta argumentou que a pesada tributação no espaço criptográfico e blockchain da Índia decorre de uma falta de entendimento entre os reguladores indianos sobre os usos reais e o potencial das tecnologias Web3.

A lei de criptomoedas da Índia, que determina um imposto de 30% sobre os lucros sem permitir que os usuários compensem suas perdas, entrou em vigor em 1º de abril de 2022. Gupta destacou que também há um imposto sobre cada transação de criptomoedas feita pelos usuários. Ele descreveu o regime de tributação como "draconiano" e acredita que ele visa desencorajar o uso de criptomoedas, que o governo vê como principalmente associado à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Gupta observou que o governo indiano percebe as criptomoedas como "piores do que jogos de azar" e sugeriu que o regime tributário rigoroso poderia levar os empreendedores de criptomoedas indianos a se mudarem para jurisdições com regulamentações mais claras.

Apesar da incerteza regulatória, startups de tecnologia na Índia continuam a trabalhar em projetos Web3. Rohit Mohan, CEO da empresa de marketing Web3 sediada na Índia, NC Global Media, declarou que, embora a Índia permaneça cautelosa sobre criptomoedas, seus desenvolvedores ainda estão impulsionando a inovação. Mohan enfatizou que grandes players estão entrando no mercado e que a Índia tem o potencial de dar um forte exemplo globalmente. Ele também enfatizou a importância da educação e colaboração para promover a compreensão do usuário e a adoção de tecnologias criptográficas.