De acordo com o Cointelegraph, pesquisadores da empresa de segurança cibernética Checkmarx identificaram uma forma perigosa de malware carregada no Python Package Index (PyPI). Esta plataforma, usada por desenvolvedores Python para baixar e compartilhar código, foi comprometida por malware que rouba chaves privadas, frases mnemônicas e outros dados sensíveis do usuário.

O malware foi carregado por um usuário suspeito em vários pacotes de software projetados para imitar aplicativos de decodificação para carteiras populares, como MetaMask, Atomic, TronLink e Ronin. O software malicioso foi incorporado em partes desses pacotes, permitindo que ele passasse despercebido devido ao seu código aparentemente inofensivo.

Os pesquisadores da Checkmarx descobriram esse vetor de ataque pela primeira vez em março de 2024, levando à suspensão de novos projetos e contas de usuários na plataforma até que os elementos maliciosos fossem removidos. Apesar desses esforços, o malware ressurgiu no início de outubro e, segundo relatos, foi baixado mais de 3.700 vezes desde então.

O problema do malware no Python Developer Hub faz parte de uma tendência mais ampla. Em setembro, o McAfee Labs descobriu um malware sofisticado direcionado a smartphones Android, capaz de roubar chaves privadas ao escanear imagens armazenadas na memória interna de um telefone. Esse malware usava tecnologia de reconhecimento óptico de caracteres para extrair texto de imagens e era espalhado por meio de links de mensagens de texto, levando os usuários a baixar aplicativos fraudulentos.

Além disso, a equipe Wolf Security da Hewlett-Packard revelou que os cibercriminosos estão usando cada vez mais inteligência artificial para criar malware, reduzindo significativamente a barreira de entrada para a criação de programas maliciosos. Em outubro, mais de 28.000 usuários foram vítimas de malware disfarçado de software de produtividade de escritório e aplicativos de jogos, embora o malware tenha conseguido roubar apenas um total de US$ 6.000.