De acordo com o Cointelegraph, Charlie Lee, o fundador do Litecoin (LTC), discursou no Proof of Work Summit em Frankfurt, Alemanha, para discutir os recursos de aprimoramento de privacidade do Litecoin em comparação com a transparência da rede Bitcoin (BTC). Lee enfatizou que as saídas de transações não gastas (UTXOs) do Bitcoin carregam um histórico de transações, o que pode comprometer a fungibilidade do ativo digital. Ele explicou que cada Bitcoin não é igual ao outro devido ao seu histórico de transações, o que é uma preocupação significativa para o dinheiro.
Lee forneceu um cenário hipotético em que uma empresa de análise onchain rotula um endereço de Bitcoin vinculado a atividades ilícitas. Esses rótulos podem impedir investidores ou comerciantes de aceitar BTC associado a esse endereço, potencialmente reduzindo o valor de mercado dessas moedas específicas. Além disso, se esses Bitcoins passarem por bolsas centralizadas ou instituições com controles Know Your Customer (KYC), eles podem ser congelados ou apreendidos por autoridades como o United States Office of Foreign Assets Control (OFAC).
A questão da privacidade na rede Bitcoin é desafiadora, mas não intransponível. Em 20 de setembro, um grupo de desenvolvedores anunciou um fork da Samourai Wallet focada em privacidade. O Ashigaru Open Source Project emprega CoinJoin e outros mecanismos para obscurecer transações de Bitcoin, com base no trabalho da equipe original da Samourai, embora a nova equipe tenha negado qualquer conexão com os desenvolvedores anteriores.
Paul Brody, líder global de blockchain na EY, também destacou a importância da privacidade para a adoção de blockchain durante o Token2049. Ele observou que a privacidade é crucial para grandes instituições que precisam manter certas informações confidenciais. As empresas estão dispostas a divulgar suas economias de carbono, mas preferem não revelar esses dados com frequência.