Em 3 de setembro, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) anunciou acusações contra a Galois Capital Management por não custodiar adequadamente os ativos dos clientes, principalmente envolvendo fundos mantidos na extinta bolsa de criptomoedas FTX.
Violações da Regra de Custódia da SEC
A SEC alega que a Galois Capital violou a regra de custódia da agência, que determina que os consultores de investimento devem manter os fundos dos clientes com um "custodiante qualificado", como um banco registrado ou corretora. Em vez disso, a Galois supostamente mantinha ativos criptográficos em várias bolsas de criptomoedas, incluindo a FTX Trading Ltd., que faliu em novembro de 2022.
O colapso da FTX levou a Galois a perder aproximadamente metade de seus ativos, expondo os investidores a riscos substanciais. De acordo com Corey Schuster, codiretor da unidade de gestão de ativos da divisão de fiscalização da SEC, as ações da empresa falharam em proteger os fundos dos investidores. Ele declarou: "Continuaremos a responsabilizar os consultores que violarem suas principais obrigações de proteção ao investidor".
Custódia de Ativos Digitais
Desde 2021, várias empresas, incluindo Anchorage Digital Bank, Fireblocks Trust Company, Coinbase Custody Trust e Fidelity Digital Asset Services, surgiram como custodiantes qualificados de ativos digitais. No entanto, a FTX nunca esteve entre elas. Seu colapso resultou em bilhões de dólares em fundos de clientes se tornando inacessíveis devido à má gestão e suposta fraude.
Práticas enganosas de resgate
A SEC alegou ainda que a Galois Capital enganou seus investidores em relação ao período de aviso necessário para resgates. A empresa teria dito a alguns investidores que os resgates exigiam pelo menos cinco dias úteis de aviso, enquanto permitia que outros investidores resgatassem com menos dias de aviso.
Penalidades e compensação ao investidor
Em resposta às acusações, a Galois Capital concordou em pagar uma multa civil de US$ 225.000, que será distribuída aos investidores prejudicados pela má gestão do fundo.
Este caso serve como um lembrete da importância da custódia adequada de ativos e da proteção dos investidores, principalmente no mercado de criptomoedas em rápida evolução.