De acordo com a Bloomberg, o Goldman Sachs Group disse que alguns investidores podem ter sobrestimado a escala dos fluxos de capital chinês de volta ao yuan porque as empresas podem ainda não estar prontas para desistir das suas participações em dólares americanos. Dado que a diferença nas taxas de juro entre a China e os Estados Unidos permanece ampla e o sentimento interno é fraco, os activos dos EUA continuam atractivos para as empresas chinesas.

O yuan ampliou os ganhos recentes na sexta-feira, atingindo seu nível mais alto em mais de um ano. Os investidores estão a tentar avaliar a dimensão das reservas cambiais das empresas chinesas e a possibilidade de repatriamento, promovendo ainda mais a valorização do yuan.

Os analistas da Goldman Sachs apontaram que a acumulação de dólares pelos exportadores será menor entre meados de 2022 e 2024. A recente valorização do RMB face ao dólar dos EUA foi impulsionada principalmente por factores externos, especialmente alterações nas expectativas do mercado de que a Reserva Federal acelerasse os cortes nas taxas de juro e as eleições nos EUA.

O Goldman Sachs acredita que os fracos fundamentos internos da China deverão dominar no médio prazo, prevendo-se que o yuan apresente um desempenho inferior ao das principais moedas. Em contraste, o CEO da Eurizon, Jen, acredita que o impacto dos fundos repatriados será semelhante ao “estrategista do HSBC Holdings Plc”.

A Goldman Sachs destacou que os retornos potenciais dos activos dos EUA ainda são relativamente elevados, o que é um factor-chave nas decisões de relocalização das empresas chinesas. O feedback das empresas sugere que estas só venderão dólares se os diferenciais das taxas de juro se alterarem ou se estiverem confiantes numa tendência descendente do dólar.