De acordo com o Cointelegraph, a pegada de carbono da rede Bitcoin não teve um aumento significativo, apesar de sua expansão contínua, um feito que o analista da Bloomberg, Jamie Coutts, afirma que poucas indústrias podem alcançar. Coutts citou dados que mostram que o mix energético sustentável para Bitcoin aumentou desde 2021 e agora ultrapassa 50%, levando a uma desaceleração no crescimento das emissões em relação à expansão da rede. Ele acredita que a evolução da relação entre o crescimento da rede Bitcoin e o impulso global para a transição dos combustíveis fósseis poderia catalisar uma onda de capital de investimento institucional e até mesmo soberano.
Coutts acrescentou que, como a energia constitui bem mais de 50% dos custos operacionais da mineração, o incentivo para adquirir as fontes de energia mais baratas está a contribuir para o aumento da taxa de hash da rede, ao mesmo tempo que reduz as emissões da indústria ou a intensidade de carbono. No entanto, a percentagem de energia sustentável utilizada na mineração de Bitcoin tem sido um ponto de debate. O modelo da Universidade de Cambridge, que não é atualizado desde janeiro de 2022, afirma que a mineração a partir de fontes de energia sustentáveis é de apenas 37,6%. O investidor de risco e ativista de tecnologia climática Daniel Batten argumenta que este valor está, na verdade, acima de 50%, uma vez que a mineração fora da rede e a mitigação do metano não estão incluídas nos cálculos de Cambridge. Batten também previu que a rede Bitcoin se tornará neutra em carbono até dezembro de 2024 e afirmou que, até 2030, a rede Bitcoin deverá mitigar 10 vezes mais emissões da atmosfera do que produz.