A Arkham Intelligence revelou por meio de uma publicação no X que a BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, está atualmente vendendo participações em Bitcoin (BTC) de seu fundo negociado em bolsa IBIT em vez de comprar. A atualização foi acompanhada por uma representação visual dos fluxos de transações, indicando um afastamento significativo do ativo pela BlackRock.

O rastreador de atividade do mercado de criptomoedas declarou: “Pessoal, tenho más notícias, a BlackRock não está comprando. Na verdade, eles estão vendendo.”

A influência da BlackRock no setor de criptomoedas cresceu após seu lançamento de um ETF de Bitcoin, chamado iShares Bitcoin Trust Bitcoin Holdings (IBIT). Analistas acreditam que a entidade é parte do motivo pelo qual o BTC teve um ano de livros. No entanto, seguindo o insight da Arkham Intelligence, a especulação está crescendo de que o gestor de ativos pode estar vendendo BTC em reação à recente retração do mercado da moeda.

Atividade do mercado de Bitcoin da BlackRock preocupa comunidade

Em maio de 2024, a BlackRock supostamente moveu uma quantidade substancial de Bitcoin para armazenamento a frio, o que foi percebido pelo mercado como uma estratégia de investimento de longo prazo. O movimento foi visto como um sinal otimista, já que os investidores estavam otimistas de que uma das instituições financeiras mais conservadoras estava apostando na longevidade do Bitcoin.

No entanto, em 26 de dezembro, a BlackRock virou manchete quando supostamente vendeu US$ 188,7 milhões em Bitcoin, sua maior liquidação até então. No mesmo dia, de acordo com várias fontes, a gestora de ativos transferiu US$ 1,88 bilhão em BTC para carteiras da Coinbase. As transações foram realizadas em várias tranches, chamando a atenção dos observadores do mercado.

Na época, não estava claro se a empresa planejava abrir mão das participações ou mantê-las na bolsa.

Um usuário no X comentou sobre o potencial impacto no mercado, sugerindo que a venda da BlackRock poderia levar a um sentimento de baixa no curto prazo, embora os investidores de longo prazo possam ver isso como uma oportunidade de comprar a preços mais baixos.

Outro acrescentou à conversa dizendo: “As instituições geralmente vendem quando acham que o mercado atingiu o pico ou para reequilibrar o portfólio, não necessariamente porque estão pessimistas em relação ao ativo”.

Enquanto isso, em 2 de janeiro, o IBIT da BlackRock registrou sua maior saída líquida em um único dia, com investidores retirando US$ 332,6 milhões, de acordo com dados da Farside Investors. O veículo de investimento não viu um fluxo de investimento líquido negativo pelos quatro dias seguintes até 8 de janeiro, quando as saídas atingiram o pico de US$ 100 milhões.

Fluxograma do BTC ETF. Fonte: Farside Investors.

O IBIT, que detém o título de maior ETF de Bitcoin com aproximadamente US$ 56,2 bilhões em ativos líquidos, tem sido um player dominante no mercado de criptomoedas. O ETF atraiu mais de US$ 37 bilhões em entradas, o que os analistas acreditam ter contribuído para o rali do Bitcoin para uma nova alta histórica de mais de US$ 108.000 em dezembro.

BlackRock: O fornecimento de Bitcoin pode ser alterado

Em outras notícias, a BlackRock lançou um vídeo explicativo que questiona a imutabilidade do limite de fornecimento de 21 milhões do Bitcoin. O vídeo, que chamou a atenção da comunidade após ser compartilhado por Michael Saylor da MicroStrategy, descreve o limite de fornecimento do Bitcoin como uma “regra codificada” projetada para controlar o fornecimento, preservar o poder de compra e evitar a emissão excessiva de moeda.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS: BlackRock lança vídeo educacional de 3 minutos explicando o que é #Bitcoin. pic.twitter.com/EjqBbV0GRn

— Bitcoin Magazine (@BitcoinMagazine) 17 de dezembro de 2024

“Não há garantia de que o limite de fornecimento de 21 milhões de Bitcoin não será alterado”, destacou o explicador. As implicações do vídeo geraram debate sobre se a crescente influência da BlackRock no Bitcoin poderia levar à criptomoeda ser “sequestrada”.

Joel Valenzuela, executivo de vendas e marketing da criptomoeda Dash, sugere que essa mensagem está preparando o público para um possível aumento no limite de fornecimento.

“Eles estão acostumando todo mundo a essa eventualidade”, observou Valenzuela. “Quando o aumento do limite de fornecimento acontecer, ele ‘sempre fez parte do plano’.” E hoje, em 2024, as pessoas têm a audácia de dizer que o Bitcoin não foi sequestrado.”

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