Autor: ian@Foresight Ventures
1. Entender DeSci —> Questionar DeSci —> Compreender DeSci
1.1 Conhecer DeSci
Pontos de dor:
A defasagem nas infraestruturas relacionadas à manutenção, alcance, propriedade e distribuição de receitas de IP em torno de pesquisa ou conhecimento sempre foi um ponto crítico, especialmente na academia.
Então, no complexo campo do compartilhamento de conhecimento e descoberta, como equilibrar segurança, transparência, mecanismos de recompensa e acessibilidade sempre foi um desafio contínuo. Os modelos tradicionais geralmente dependem de sistemas de validação centralizados, o que pode limitar a inclusão e a ampla participação. Além disso, os sistemas existentes podem não recompensar ou reconhecer adequadamente as contribuições de conhecimento, o que pode afetar o desenvolvimento de um repositório de conhecimento abrangente e coletivo.
Problemas que estão sendo resolvidos:
A essência do DeSci é garantir que todos tenham oportunidades iguais para acessar qualquer nível de ciência e conhecimento, e que o processo de pesquisa científica também deve ser aberto e transparente para todos. Portanto, o DeSci se compromete a criar um ecossistema onde os contribuintes de conhecimento possam ser incentivados e compartilhar sua pesquisa, e qualquer pessoa possa navegar e até iterar esses conteúdos sem permissão.
Isso cria um sistema de pesquisa completamente diferente, onde nesse novo modelo:
A alocação de recursos é decidida pelo público através de mecanismos como DAO, contrastando com a prática tradicional em ciência controlada por pequenos e fechados grupos centralizados.
A visão do DeSci também é promover a colaboração dinâmica de vários recursos em todo o mundo, em certa medida rompendo as limitações de colaboração impostas por instituições centralizadas na ciência tradicional.
O fluxo de fundos é mais transparente e, com o suporte do web3, explora um sistema econômico mais eficiente, em contraste com os longos processos de decisão financeira na ciência tradicional. Ao mesmo tempo, os incentivos de tokens e reputação, bem como o valor da revisão por pares, são mais enfatizados.
Os contribuintes de conhecimento podem alocar transparentemente os direitos de propriedade intelectual que geram, o que é diferente da situação na ciência tradicional onde os direitos de propriedade intelectual pertencem às instituições e os caminhos de acesso são opacos. O DeSci também incentiva o compartilhamento de todos os dados de pesquisa, incluindo tentativas não bem-sucedidas, para resolver o problema do viés de publicação na ciência tradicional que compartilha apenas resultados de experimentos bem-sucedidos.
1.2 Questionar DeSci
A intenção original do DeSci é estabelecer um ecossistema para cientistas ou acadêmicos compartilharem pesquisas acadêmicas e obterem direitos de propriedade sobre IP de pesquisa, enquanto para outros usuários, a experiência de participação reside principalmente na facilidade de acesso a essas pesquisas acadêmicas. Em essência, a torre de marfim acadêmica ainda não foi quebrada, e os principais jogadores desse ecossistema ainda são os acadêmicos de elite.
Em que cenário uma pessoa comum se preocuparia em como acessar mais facilmente um relatório acadêmico?
Receio que, além de passar noites em claro na universidade para terminar um artigo, será difícil ter tal demanda depois de graduado. De certa forma, devemos reconhecer que a capacidade de contribuir com IP acadêmico valioso está nas mãos de apenas algumas pessoas.
Mas, do ponto de vista da análise de pista e narrativa, esse é o problema do DeSci; ele é muito puro e nobre, a ponto de ser difícil aproveitar o verdadeiro valor que o web3 pode oferecer, ou seja, o efeito comunitário e um sistema econômico eficiente. Olhando de forma focada, a base do DeSci não é uma plataforma aberta de contribuição de conhecimento, mas sim um ecossistema ativo baseado em um sistema de token eficiente e um forte efeito comunitário. A base dessa economia reside na ampla participação dos usuários; se os usuários não puderem realmente participar do jogo, não tiverem motivação suficiente para manter e negociar tokens, o preço, a liquidez e o sistema econômico não poderão se sustentar.
Portanto, a ideia de que os principais jogadores são apenas cientistas claramente não faz sentido e não pode formar um mecanismo sustentável.
2. Que tipo de DeSci faz mais sentido
2.1 Compreender DeSci
Ciência =/= Conhecimento
O DeSci não deveria ser apenas o domínio de cientistas, mas deveria reduzir as barreiras de acesso do público comum à ciência. Portanto, é melhor evitar usar 'ciência' e enfatizar mais 'conhecimento'. A ciência naturalmente estabelece uma barreira para o DeSci, enquanto o conhecimento pode ser dados de qualquer forma e em qualquer campo.
Contribuir com conhecimento em sua área de especialização ou interesse é, em si, uma coisa muito atraente e que pode facilmente gerar uma fissão. Portanto, a abertura do padrão 'ciência' torna possível a participação da comunidade, permitindo que o web3 desempenhe seu maior valor.
Acredito que o DeSci deve ser uma estrutura piramidal que categoriza os participantes e contribuidores de toda a cadeia de compartilhamento de conhecimento em diferentes níveis, onde cada papel é indispensável. Os acadêmicos, como participantes no topo da pirâmide, contribuem com o valor principal do próprio DeSci, ao mesmo tempo que trazem um impacto significativo ao projeto; no cenário do desenvolvimento de novos medicamentos, se o DeSci puder participar ou facilitar a comercialização de um determinado medicamento, o impacto na pista e no projeto é incalculável. Usuários da comunidade, como participantes na base da pirâmide, também têm suas próprias formas de participação, mantendo a operação eficiente de todo o ecossistema e sistema econômico.
2.2 A pedra angular do DeSci — BIO
2.2.1 Introdução ao BIO
O Protocolo BIO é uma infraestrutura financeira científica descentralizada, projetada para promover a inovação em biotecnologia por meio da colaboração da comunidade. Ele fornece ferramentas para financiar, desenvolver e governar propriedade intelectual científica para comunidades globais, incluindo pacientes, cientistas e profissionais de biotecnologia, a fim de acelerar a comercialização da pesquisa em biotecnologia.
Funções e mecanismos centrais: suporte a organizações descentralizadas de biotecnologia - BioDAOs
2.2.2 BIO em profundidade
1) Detalhes técnicos
A pilha técnica e o design de arquitetura do Protocolo BIO são projetados para suportar a tokenização de IP de biotecnologia e governança em blockchain.
Desenvolver uma blockchain personalizada para garantir que a tecnologia, desenvolvimento, comercialização e processos de transação da bio ciência sejam transparentes, verificáveis e seguros, ao mesmo tempo que reduzam os custos de transação.
O mecanismo de IP-Token é baseado em SC, onde cada ativo de IP tem um token independente e define sua propriedade e regras de transação, permitindo que os usuários adquiram parte ou totalidade da propriedade através de negociações, criando possibilidades de circulação e transação no mercado secundário, enquanto protege a propriedade intelectual da pesquisa em bio ciência.
Baseado em uma arquitetura DAO, os membros gerenciam e financiam projetos de pesquisa votando com tokens BIO. Cada DAO pode reunir áreas de pesquisa especializadas, como VitaDAO, focada em pesquisa sobre longevidade, e CryoDAO, que se concentra em criogenia, entre outras.
2) Análise do modelo de operação
1.BioDAO
Os BioDAOs são organizações autônomas descentralizadas dentro do ecossistema do Protocolo BIO. Cada BioDAO se concentra em um campo científico específico, sendo o mais conhecido o vitaDAO. Os BioDAOs recebem financiamento, liquidez e suporte de infraestrutura contínuos através do Protocolo BIO, visando acelerar o progresso da pesquisa e aumentar as taxas de sucesso dos projetos.
Entre eles, a plataforma mãe Protocolo BIO fornece aos BioDAOs:
Fundo: cada BioDAO, após aprovação, receberá capital inicial do tesouro do Protocolo BIO. Esses fundos ajudam os BioDAOs a obter capital inicial para apoiar projetos de pesquisa iniciais e expandir sua influência.
Suporte à liquidez: O Protocolo BIO é responsável por fornecer liquidez em blockchain para os BioDAOs. Isso permite que os BioDAOs se concentrem na pesquisa científica sem se preocupar com questões de gestão de liquidez do mercado. Por meio do suporte de liquidez, o Protocolo BIO ajuda a aumentar a liquidez e o valor de mercado dos tokens dos BioDAOs.
Governança: O Protocolo BIO estabelece uma camada de governança meta por meio da posse de tokens de vários BioDAOs. Os detentores de tokens BIO podem participar e tomar decisões sobre a operação, alocação de fundos e direção de desenvolvimento de múltiplos BioDAOs por meio da governança meta. Este mecanismo garante que os BioDAOs dentro do ecossistema coordenem em termos de fluxo de fundos e prioridades de pesquisa.
Comercialização de IP: O Protocolo BIO ajuda os BioDAOs a transformar resultados de pesquisa científica em ativos de propriedade intelectual negociáveis por meio de seu mecanismo de tokenização de IP. Este processo permite que os BioDAOs tokenizem a propriedade intelectual dos projetos de pesquisa e negociem-na em blockchain, ajudando a obter apoio de capital inicial e a realizar o valor de mercado da propriedade intelectual.
Estrutura padronizada: o Protocolo BIO fornece uma estrutura padrão para a criação e operação de BioDAOs, incluindo design de economia de tokens, estrutura de governança e ferramentas de gerenciamento de dados. Por meio de uma estrutura padronizada e suporte, o Protocolo BIO reduz a dificuldade de criação de novas BioDAOs, permitindo que entrem rapidamente no mercado e operem de forma eficaz.
2.Curadoria
O mecanismo de curadoria do Protocolo BIO visa selecionar e apoiar os BioDAOs mais promissores a se juntarem ao ecossistema BIO. A curadoria é um processo impulsionado pela comunidade BIO, através do qual os membros podem ajudar a decidir quais novas organizações científicas emergentes merecem financiamento e recursos do ecossistema.
Processo de curadoria
Submissão de candidatura: novas BioDAOs solicitam a adesão ao ecossistema BIO. A BioDAO que solicita deve ter uma direção clara de pesquisa científica e uma estrutura de governança preliminar, garantindo que possa efetivamente promover seus objetivos de pesquisa.
Votação de apoio: os detentores de tokens BIO podem optar por bloquear seus tokens BIO e obter direitos de voto (vBIO). Os detentores de vBIO usam esses direitos de voto para votar na BioDAO candidata, decidindo se apoiam sua adesão ao ecossistema.
Recompensas de curadoria: se a candidatura de uma BioDAO for bem-sucedida, os detentores de vBIO que votaram a favor dessa BioDAO poderão receber as seguintes recompensas:
Os apoiadores de votação terão a oportunidade de participar do financiamento na lista branca da BioDAO, com prioridade para investir nos tokens dessa BioDAO.
Os apoiadores terão acesso prioritário ou descontos nos produtos, dados ou serviços oferecidos pela BioDAO.
Adesão ao ecossistema: a BioDAO que passar com sucesso pelo processo de curadoria receberá financiamento inicial e suporte do Protocolo BIO, sendo incorporada ao ecossistema BIO. O Protocolo BIO continuará a fornecer financiamento, liquidez e suporte de governança.
3.mecanismos de recompensa
As recompensas Bio/Acc são fornecidas na forma de tokens BIO, incluindo os seguintes cenários:
Leilão inicial de tokens realizado através do BIO launchpad
Financiamento de pesquisa, ou seja, a emissão de tokens de IP
Lançamento de produtos de consumo relacionados a IP
O produto entra na fase de ensaios clínicos
Ao mesmo tempo, as recompensas também podem fluir diretamente para os usuários dos produtos BioDAO:
Participar de ensaios clínicos ou relatar dados de saúde de forma autônoma
Usar / comprar produtos, como Follistatina, Vitarna, implantes eletrônicos, etc.
4.ip-token
Os BioDAOs desenvolvem e possuem a propriedade dos tokens de IP. Cada BioDAO normalmente mantém um portfólio de tokens de IP relacionados ao seu campo específico de pesquisa científica. Por exemplo, a VitaDAO desenvolve e possui ações de IPTs de VitaRNA e VITA-FAST.
O funcionamento dos Tokens de IP: além do potencial direito de participação nos lucros, ao obter IPTs, os detentores de IPT podem se beneficiar das seguintes maneiras:
Direitos de governança: participar das decisões-chave relacionadas ao desenvolvimento, gestão e licenciamento da propriedade intelectual.
Acesso prioritário: obter prioridade ou condições especiais em inovações, colaborações ou oportunidades futuras relacionadas à propriedade intelectual.
2.2.3 Por que investimos no BIO
No campo da pesquisa científica, como equilibrar segurança, transparência e incentivos nunca teve uma solução. O BIO construiu a maior plataforma DeSci do momento, garantindo a segurança e a transparência, enquanto financeiriza a pesquisa científica com grande valor financeiro, comercializando o valor criado pelos usuários através de inúmeras sub-redes BIO selecionadas pela comunidade (por exemplo, vitaDAO) e retornando os lucros aos usuários. Portanto, o $BIO continuará a capturar todo o valor criado pelas sub-redes DeSci, sendo o token mais valioso no campo DeSci. A longo prazo, a demanda por saúde e longevidade continuará a aumentar, e o BIO reduzirá significativamente as barreiras de participação e uso nos campos relacionados, sendo um projeto que vale a pena apostar a longo prazo.
O produto passou por um longo período de acumulação e iteração, surgindo na ecologia projetos estrela como o vitaDAO, que podem provar que o modelo de operação do produto é viável e que há demanda de capital e da academia pelo produto. Ao mesmo tempo, a equipe fundadora tem forte experiência tanto em pesquisa científica quanto no campo web3; James é o fundador da orangeDAO e participou como fundador do YC19W; Paul é o fundador da vitaDAO e da molecule, e a equipe tem a maior influência no campo DeSci.
3. Mais do que DeSci
O espaço imaginativo que o DeSci traz para a indústria não se limita apenas à condução de pesquisas ou descoberta de medicamentos. Como discutido anteriormente, se limitar o DeSci apenas ao campo da ciência, o valor e a capacidade de escalabilidade dessa pista serão grandemente restringidos. Se o conceito de co-construção do conhecimento for adicionado, note que aqui 'conhecimento' pode ser dados de qualquer campo, qualquer dimensão e qualquer tamanho, então o processo de construção do DeSci se assemelha mais à criação de um enorme banco de dados dinâmico.
Como o DeSci + AI funciona?
Além disso, o DeSci deve fragmentar o conhecimento; ao invés de dizer que o DeSci construiu uma plataforma de pesquisa descentralizada, é mais apropriado dizer que o DeSci está criando um sistema onde todos têm a oportunidade de participar da co-construção do conhecimento. Essa abordagem também se complementa naturalmente com a propriedade comunitária do web3, onde o ecossistema DeSci fomentará a organização de dados em diferentes campos, como o Gym DAO, que reúne pessoas interessadas em fitness ou que possuem algum conhecimento relacionado, ou o Longivity DAO, que reúne aqueles interessados em biomedicina, e até mesmo DAOs de tarefas com recompensa. Por exemplo, um modelo de navegação que requer dados sobre o fluxo de tráfego e a topografia de diferentes ruas em uma área, que pode não ser um conjunto de dados muito estruturado, mas que pode ser coletado por indivíduos. Os usuários envolvidos podem ser especialistas ou entusiastas nesse campo, e sob o suporte do DeSci, qualquer conhecimento contribuído terá a chance de ser continuamente enriquecido por outros contribuintes, e o DeSci também permite que os dados contribuídos por cada participante gerem valor e recebam uma distribuição contínua de lucros.
O maior apelo aqui é que o conhecimento e os dados de qualquer pessoa são limitados, mas é inegável que esses dados têm algum valor, grande ou pequeno; a condução de qualquer pesquisa precisa começar pela acumulação do conhecimento mais fundamental. Se os dados fragmentados puderem ser coletados em escala por meio de co-construção comunitária, isso resultará em uma reação química onde 1 + 1 > 2.
Se realmente quisermos estabelecer essa biblioteca de conhecimento baseada em web3, a tarefa mais importante é construir a comunidade e aumentar a base de usuários para gerar fissão; até mesmo a fase de inicialização para integrar pesquisadores é secundária. Isso é diferente da maioria das abordagens DeSci, mas acredito que essa abordagem é mais nativa do crypto. A motivação dos indivíduos para participar e manter tokens é contribuir com dados por meio de staking em organizações de dados, a fim de obter incentivos ou rendimentos de staking. Quanto mais valiosos os dados contribuídos, mais vezes eles serão citados ou associados, e dados mais valiosos farão com que as respectivas organizações de dados obtenham mais receita externa e incentivos nativos; assim, esse mecanismo não apenas incentiva a participação dos usuários, mas também promove a qualidade dos dados.
Mas, em um sistema tão grande, certamente haverá usuários que contribuem pouco ou que estão apenas 'fazendo número', mas na verdade a geração desses dados inúteis não afeta a operação do sistema, e esses usuários também serão permitidos a fornecer dados, participando assim da staking para ganhar um pequeno incentivo comunitário.