Anthony Sassano, um proeminente defensor e educador do Ethereum, compartilhou suas opiniões em 30 de dezembro de 2024, sobre por que acredita que o Bitcoin é menos descentralizado do que o Ethereum. Em sua postagem na plataforma de mídia social X, Sassano detalhou vários pontos comparando as duas redes blockchain.

Sassano começou afirmando que a dependência do Bitcoin em relação ao Bitcoin Core— a implementação dominante do protocolo—reflete a falta de diversidade de clientes, tornando o Bitcoin Core efetivamente a especificação do protocolo. Ele comparou isso ao Ethereum, que possui mais de dez clientes independentes apoiados por financiamento do Protocol Guild, uma iniciativa coletiva para pesquisa e desenvolvimento da camada 1 do Ethereum.

Ele destacou a centralização na mineração de Bitcoin, observando que duas pools de mineração em conformidade com KYC nos EUA dominam a taxa de hash do Bitcoin. Sassano argumentou que o mecanismo de prova de trabalho (PoW) do Bitcoin centraliza inerentemente devido às economias de escala, tornando a mineração em casa não lucrativa. Em contraste, ele afirmou que o sistema de prova de participação (PoS) do Ethereum evita problemas semelhantes, pois carece das mesmas economias de escala. Ele também observou que o Ethereum permite que os usuários realizem staking em casa de forma lucrativa, particularmente através de serviços como Rocket Pool e Obol Collective, que reduzem o requisito mínimo de staking.

Discutindo a segurança a longo prazo, Sassano expressou preocupações sobre a sustentabilidade do Bitcoin à medida que as recompensas de mineração diminuem nas próximas duas a três reduções pela metade. Ele sugeriu que isso poderia levar a uma maior centralização da mineração e vulnerabilidades, incluindo potenciais ataques. Ele contrastou isso com a “emissão de cauda” do Ethereum, projetada para manter um orçamento de segurança sustentável. O Ethereum também apresenta mecanismos para gerar mais receita de taxas e compensar a emissão por meio da queima de taxas.

Sassano afirmou que a base de desenvolvedores principais do Bitcoin está diminuindo, com menos de cinco colaboradores ativos, enquanto o Ethereum se beneficia de um pool maior de mais de 170 desenvolvedores e pesquisadores principais ativos.

Ele também comentou sobre as dinâmicas sociais diferentes das duas redes. A comunidade do Bitcoin, disse ele, está unificada sob a narrativa de “ouro digital”, o que, segundo ele, limita a diversidade de pensamento. Ele acredita que a camada social do Ethereum, que carece de uma narrativa orientadora singular, permite uma experimentação e inovação mais amplas.

Sassano apontou para a resposta do Ethereum às sanções do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC) sobre o Tornado Cash como um teste de sua descentralização. Ele observou os esforços do Ethereum para melhorar a resistência à censura por meio de pesquisas em mecanismos como listas de inclusão, também conhecidas como FOCIL. O Bitcoin, afirmou ele, enfrentou sanções em uma escala menor, visando endereços específicos, e ele descreveu a proibição da mineração na China como o teste mais comparável da descentralização do Bitcoin.

Sassano enfatizou que sua análise não tinha a intenção de ser uma crítica, mas uma comparação franca das duas redes blockchain com base em suas observações.

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