Seul sancionou 15 indivíduos de Pyongyang e uma empresa por crimes cibernéticos ligados ao financiamento militar.
Os hackers norte-coreanos foram responsáveis por 61% dos US$ 2,2 bilhões em roubos de ativos digitais em todo o mundo em 2024.
EUA e Coreia do Sul se unem para combater ataques da RPDC visando ativos digitais e geração de moeda estrangeira.
A Coreia do Sul revelou novas sanções visando os processos cibernéticos da Coreia do Norte após preocupações sobre roubo de criptomoedas e geração de moeda estrangeira. Essas ações teriam financiado os programas de expansão nuclear e de mísseis da República Popular Democrática da Coreia (RPDC).
Financiamento de Programas Militares por Crimes Cripto e Detalhes de Sanções
Em 26 de dezembro, a Coreia do Sul impôs sanções independentes a 15 profissionais de TI norte-coreanos e uma organização ligada ao Ministério da Indústria de Munições da RPDC. Os indivíduos, supostamente afiliados ao 313º Escritório Geral, foram acusados de usar meios ilícitos para gerar fundos para projetos militares da Coreia do Norte.
Entre os sancionados, Kim-Cheol-Min é acusado de trabalhar para empresas de tecnologia nos Estados Unidos e no Canadá. As autoridades afirmam que ele canalizou grandes somas de dinheiro para a RPDC. Outro indivíduo, Kim Ryu-Sung, já havia sido indiciado nos EUA por violar sanções.
A organização alvo, a Chosun Geumjeong Economic Information Technology Exchange Company, alegadamente emprega trabalhadores de TI no exterior para gerar moeda estrangeira. Funcionários afirmam que esses fundos apoiam diretamente os programas de armas da Coreia do Norte.
As novas medidas, que entram em vigor em 30 de dezembro de 2024, exigirão que instituições financeiras sul-coreanas obtenham aprovação para quaisquer transações envolvendo esses indivíduos ou entidades sancionadas. A aprovação deve vir da Comissão de Serviços Financeiros ou do Governador do Banco da Coreia.
Ameaças Crescentes de Ataques Norte-Coreanos
As operações cibernéticas da Coreia do Norte contribuíram para roubos globais de ativos digitais. Um relatório recente da Chainalysis revelou que hackers ligados à RPDC foram responsáveis por 61% dos 2,2 bilhões de dólares roubados em furtos de criptomoedas em 2024.
Táticas como a implantação de malware e engenharia social foram empregadas para atacar empresas de ativos digitais. A Radiant Capital sofreu um hack de 50 milhões de dólares rastreado até operativos norte-coreanos que distribuíram malware via Telegram.
O Grupo Lazarus, ligado à agência de inteligência da Coreia do Norte, foi responsável por mais um roubo de 50 milhões de dólares visando a Upbit, uma exchange de criptomoedas sul-coreana. Autoridades sul-coreanas, trabalhando com o FBI e promotores suíços, confirmaram o envolvimento do grupo.
Os Estados Unidos também tomaram medidas contra operações norte-coreanas. Em 17 de dezembro, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Tesouro dos EUA sancionou dois indivíduos e uma entidade acusada de lavar milhões para a RPDC.
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