O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, revelou na quarta-feira que empresas domésticas estão agora utilizando Bitcoin e outros ativos digitais para pagamentos internacionais, o que é possibilitado por ajustes legislativos recentes projetados para compensar as sanções ocidentais.
É importante notar que essas sanções impuseram desafios ao comércio da Rússia com parceiros significativos como China e Turquia, já que os bancos locais adotam uma abordagem cautelosa para evitar repercussões regulatórias do Ocidente.
Em uma declaração ao canal de televisão Rússia 24, Siluanov disse,
“Como parte do regime experimental, é possível usar bitcoins, que mineramos aqui na Rússia (em transações de comércio exterior). Essas transações já estão ocorrendo. Acreditamos que elas devem ser ampliadas e desenvolvidas ainda mais. Estou confiante de que isso acontecerá no próximo ano.”
Putin Apoia o Bitcoin como Alternativa
O presidente Vladimir Putin afirmou no início deste mês que o uso do dólar pela administração dos EUA como moeda de influência política está diminuindo seu papel como moeda de reserva mundial. Isso, por sua vez, levou muitos países a explorar ativos alternativos. Destacando o Bitcoin como um exemplo principal, ele observou sua resistência à regulamentação em escala global. Esses comentários sugeriram essencialmente o apoio de Putin ao crescente uso de criptomoedas.
A alta do preço do Bitcoin acima de $100.000 gerou empolgação global este mês, com a Rússia vendo um aumento de 8% no tráfego de sites de câmbio de criptomoedas, conforme relatado recentemente pela MegaFon. Mudanças regulatórias e tendências globais também contribuíram para esse crescimento. A pesquisa da MegaFon também notou um aumento de 8%-10% mensal nas visitas às 20 principais bolsas globalmente, com usuários russos representando 27%-30% do tráfego total.
Expansão, Repressão e Proibições de Inverno Prolongadas
Este ano, a Rússia autorizou o uso de criptomoedas no comércio exterior e intensificou os esforços para legalizar as atividades de mineração na tentativa de solidificar sua posição como um dos principais países de mineração de Bitcoin do mundo.
As autoridades russas também intensificaram sua repressão contra a mineração ilegal de criptomoedas, com o foco mais recente na região de Irkutsk. A Irkutsk Electric Grid Company, em colaboração com as forças de segurança, fechou uma operação não registrada que usava mais de 200 rigs ASIC, consumindo 600.000 kWh mensais – equivalente a 80-100 casas. Embora registrada como uma empresa, ela supostamente não atendeu aos requisitos de registro de mineração de criptomoedas.
Isso ocorre após a Rússia ter estendido sua proibição de mineração de criptomoedas no inverno até 2031, que afetaria regiões como Daguestão, Chechênia e Sibéria. A partir de janeiro de 2025, a proibição impacta a mineração durante as temporadas de pico de energia. A mineração de criptomoedas, consumindo 1,5% da energia nacional, causou desequilíbrios nos pagamentos de eletricidade e pressão na rede.
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