A Coreia do Sul e os Estados Unidos estão realizando pesquisas conjuntas para fortalecer a proteção contra tentativas de roubo de criptomoedas em meio a crescentes preocupações com tais ataques por hackers ligados à Coreia do Norte, disseram autoridades no domingo.
Com base em um anexo técnico recentemente assinado entre o governo sul-coreano e o Departamento de Segurança Interna dos EUA, as duas partes desenvolverão em conjunto tecnologias para prevenir ataques direcionados a criptomoedas e rastrear ativos roubados, de acordo com autoridades e oficiais da indústria de cibersegurança.
O ministério da ciência planeja apoiar essa pesquisa através do Instituto de Planejamento e Avaliação de Tecnologia da Informação e Comunicações até 2026.
A medida vem na esteira de um recente aumento no preço do bitcoin para $100.000 após as eleições presidenciais dos EUA no mês passado, levantando preocupações sobre tentativas aumentadas por hackers de roubar ativos virtuais.
Enquanto os Estados Unidos colaboram com outros países para pesquisa em cibersegurança, é sabido que escolheram a Coreia do Sul para pesquisas sobre tecnologia de rastreamento de ativos digitais, uma vez que a Coreia do Norte é vista como a principal culpada por roubos de criptomoedas.
Sob o programa, pesquisadores da Coreia do Sul e dos EUA, incluindo aqueles da Universidade da Coreia e do instituto de pesquisa RAND, se concentrarão em tecnologias para prevenir e rastrear hackers quando eles roubam ativos de uma exchange de criptomoedas.
Eles também se concentrarão em entender como convertem ou lavam outros ativos financeiros que obtêm em ativos virtuais através de ransomware ilegal ou outros métodos.
A Coreia do Norte é conhecida como um jogador importante em roubos de criptomoedas, com hackers ligados ao país estimados em ter roubado $1,34 bilhão em criptomoedas em 47 incidentes neste ano, de acordo com a Chainalysis, uma empresa de análise de blockchain. (Yonhap)