A tecnologia blockchain da Cardano está pronta para revolucionar a indústria argentina de lítio por meio de um acordo com três players do setor: Atómico 3, Zengate e Alto Grande.
A colaboração apresentará o primeiro projeto de tokenização de lítio do mundo, uma iniciativa disruptiva programada para ser lançada no primeiro trimestre de 2025.
Mecânica da Tokenização
De acordo com relatos locais, o projeto usará tecnologia blockchain para converter os direitos de propriedade do lítio em tokens digitais. Isso permitirá que investidores negociem ações fracionárias do mineral sem manuseá-lo ou possuí-lo fisicamente.
O processo visa democratizar o acesso a recursos, melhorar a liquidez e facilitar o comércio internacional por meio de transações seguras e imutáveis baseadas em blockchain.
A Argentina abriga alguns dos maiores depósitos de lítio do mundo, com a maioria concentrada em Catamarca, Salta e Jujuy. O metal não é apenas uma pedra angular das baterias de veículos elétricos (EV) e armazenamento de energia renovável, mas também é crítico na transição global para uma energia mais limpa.
Alguns analistas estimam que a indústria de veículos elétricos sozinha pode valer a impressionante quantia de US$ 1,3 trilhão nos próximos três anos, impulsionada pela crescente demanda mundial.
Embora a exportação de minério do país deva exceder US$ 5,5 bilhões em 2025, o setor ainda enfrenta desafios relacionados à responsabilização na cadeia de suprimentos. Para lidar com isso, o projeto de tokenização facilitará maior rastreabilidade e autenticidade do material, ajudando a reduzir o risco de fraude e garantindo que os padrões éticos e ambientais sejam atendidos.
Também ajudará a melhorar a colaboração entre o governo argentino e as empresas de mineração, garantindo que elas sigam práticas transparentes e ecologicamente corretas.
Oportunidades para a Argentina
Tokenizar ativos do mundo real como minerais pode se tornar um empreendimento multibilionário até o final da década. Um relatório recente do Boston Consulting Group (BCG) sugeriu que tais ativos podem representar pelo menos 1% do mercado global de fundos mútuos e ETFs até 2030, traduzindo-se em um negócio de US$ 600 bilhões.
Falando exclusivamente ao CryptoPotato, o fundador da Atómico 3, Pablo Rutigliano, destacou a importância econômica e ambiental da iniciativa de tokenização, dizendo:
“O livro-razão distribuído da Blockchain permite que as partes interessadas rastreiem a procedência do lítio, garantindo que ele seja obtido de forma ética e sustentável. Por exemplo, as partes interessadas podem confirmar a adesão às leis trabalhistas locais, padrões ambientais e métricas de uso de água, que são preocupações cruciais nas regiões ricas em lítio da Argentina.”
Segundo ele, o projeto beneficiará comunidades locais e internacionais. A iniciativa é uma chance de inclusão econômica, criação de empregos e distribuição justa de receitas para o setor de mineração do país. Rutigliano acredita que o empreendimento permitirá que os lucros cheguem aos produtores e comunidades locais, reduzindo a dependência de intermediários.
Além disso, ele disse que a introdução de plataformas baseadas em blockchain criará demanda por funções com conhecimento em tecnologia e oportunidades de treinamento.
Para os investidores, uma versão tokenizada do metal melhora a acessibilidade do mercado ao permitir propriedade fracionada e negociação 24 horas por dia, 7 dias por semana, aumentando a liquidez e reduzindo os custos de transação.
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