Os mercados financeiros sofreram um grande choque após uma declaração inesperada do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre as perspectivas para a política monetária em 2025. Apesar do recente terceiro corte consecutivo na taxa básica de juros, sua previsão cautelosa sobre mais flexibilização da política monetária desencadeou uma liquidação massiva nos mercados.
A reação dos investidores foi imediata: o índice S&P 500 caiu 3%, enquanto o rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos atingiu seu nível mais alto nos últimos sete meses. Uma queda tão acentuada no mercado de ações no dia de uma reunião do Fed não era vista desde setembro de 2001, quando o índice caiu quase 5%.
A situação é ainda mais complicada pelo retorno antecipado de Donald Trump à Casa Branca. Suas promessas de aumentar tarifas sobre parceiros comerciais dos EUA e reduzir impostos podem exacerbar pressões inflacionárias, aumentando significativamente a incerteza para os participantes do mercado.
Ativos de alto risco foram os mais sensíveis à mudança no sentimento. O índice do Goldman Sachs das ações mais vendidas caiu 4,9%, enquanto a medida de empresas de tecnologia deficitárias caiu 6,4% — a maior queda em dois anos. As ações da Tesla perderam 8,3% de seu valor, e o Bitcoin, que havia se aproximado recentemente da marca de US$ 108.000, caiu 5%.
Especialistas observam que o mercado não estava preparado para essa reviravolta. De acordo com Tom di Galoma, da Curvature Securities, o Fed está mudando para uma postura mais neutra enquanto aguarda novas ações da nova administração. As previsões atuais sugerem menos de dois cortes de taxa de um quarto de ponto percentual cada ao longo de 2025, um cenário ainda mais conservador do que o que as projeções oficiais do Fed indicam.
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