A sidechain Ethereum Polygon acusou o Aave de usar táticas anticompetitivas para eliminar protocolos DeFi concorrentes. Isso é uma reação à proposta no DAO do Aave sobre se o principal protocolo DeFi deveria sair da rede Polygon.

De acordo com uma postagem na conta oficial X da Polygon, o plano de usar fundos de ponte para farming de rendimento, que levou ao conflito atual, foi simplesmente um pre-PIP para avaliar o sentimento da comunidade. Portanto, a resistência da comunidade é um bom sinal do engajamento e governança descentralizada da comunidade.

No entanto, a Polygon criticou a reação da liderança do Aave ao plano, observando que foi uma tática de intimidação e que sua comunidade deveria resistir a tais tentativas.

Disse:

“Quer você apoie ou se oponha ao Pre-PIP, ninguém deve temer retaliação por propor ideias ou participar de processos de governança formal. O progresso vem de um debate construtivo, não de fechar portas para aqueles que trazem novas perspectivas.”

No entanto, a rede, que tem cerca de 40% de seu valor total bloqueado no Aave, disse que continua comprometida com um ecossistema DeFi próspero, competitivo e verdadeiramente descentralizado e aguarda um diálogo construtivo com o Aave.

Co-fundador da Polygon acusa Aave de hipocrisia

Críticas ao Aave também vieram do co-fundador da Polygon, Saideep Nailwal, que afirmou no X que o próprio Aave propôs um plano semelhante antes. Segundo ele, o protocolo DeFi só está se opondo depois que ficou claro que pode não ser o protocolo escolhido.

Ele disse:

“Quando esta pré-proposta foi trazida para discussão pela primeira vez, a liderança do Aave estava super empolgada com isso e fez lobby pesado para garantir que os fundos de ponte fossem para a implementação do Aave.”

O fundador acrescentou que a proposta da Morpho Labs ofereceu mais benefícios para o ecossistema Polygon, enquanto dava à comunidade mais controle sobre os contratos inteligentes. É por isso que obteve mais tração, fazendo com que o Aave “ameaçasse” se desacoplar da rede.

Ele descreveu a proposta do Aave de descontinuar suas operações na sidechain Ethereum como um ataque à rede e uma ameaça viciosa que não contribui positivamente para o diálogo.

Nailwal disse:

“Uma ameaça viciosa propondo descontinuar a implementação do Aave na Polygon PoS, trazendo grande transtorno para seus usuários, apenas para garantir que o maior e mais rápido concorrente do Aave – Morpho – não recebesse o impulso de crescimento do STB.”

Ele acrescentou que a medida prejudicaria os usuários que o Aave DAO estava tentando proteger, pois interromperia seu acesso ao ecossistema DeFi. O co-fundador observou que o ataque foi pessoal, citando que um líder do Aave não identificado tuitou “Operação Polygon(e).”

O CEO do Aave se opõe a alegações

Enquanto isso, o CEO do Aave, Stani Kulechov, refutou afirmações da equipe da Polygon, observando que a decisão do Aave foi a abordagem correta para gerenciar riscos, como esperado de uma organização autônoma descentralizada (DAO).

De acordo com Kulechov, a proposta do Aave foi um passo proativo para proteger usuários que já se opuseram ao plano.

Ele disse:

“Enquadrar a proposta do Aave DAO como um comportamento anticompetitivo é impreciso e desvia a atenção do verdadeiro problema: a segurança do usuário. Herdar o risco de um protocolo de terceiros sem o consentimento da DAO não é algo que o Aave DAO está interessado.”

Kulechov acrescentou que a equipe da Polygon fez alegações imprecisas sobre a infraestrutura do Aave. Segundo ele, a infraestrutura do Aave pode suportar equipes que desejam criar mercados personalizados com recursos como governança imutável e usar seus tokens para governança.

Assim, a Polygon poderia ter utilizado isso se quisesse mais controle sobre sua estratégia de investimento. Em sua visão, a Polygon escolheu outros como parceiros a portas fechadas devido a benefícios prováveis, incluindo um suposto acordo de token. Ele também esclareceu que sua proposta inicial à comunidade Polygon era diferente, e a única razão pela qual se opuseram à ideia foi porque a maioria da comunidade estava contra que seus fundos fossem rehypotecados sem seu consentimento.

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