PANews 17 de dezembro, segundo a revista Fortune, uma pesquisa da Faculdade de Computação da Universidade de Kent mostra que, se o Bitcoin quiser se proteger efetivamente contra as ameaças da computação quântica, precisará de uma atualização de protocolo, o que resultará em 76 dias de inatividade para a criptomoeda. A pesquisa também aponta de forma mais prática que o Bitcoin poderia usar 25% dos servidores para a atualização do protocolo, permitindo ao mesmo tempo que os usuários continuem minerando e transacionando a uma velocidade mais lenta. Mas nesse caso, o tempo de inatividade seria de até 305 dias, ou seja, 10 meses.

O professor da Universidade de Kent, Carlos Perez-Delgado, disse que não pode fornecer um número exato para o custo da inatividade, mas isso pode ser surpreendente. De acordo com dados do Instituto Ponemon, o custo para as empresas de uma hora de inatividade pode chegar a 500 mil dólares. Se o Bitcoin ficar inativo por 76 dias (o que a pesquisa considera o melhor cenário), o custo da atualização pode alcançar 912 milhões de dólares. Perez-Delgado afirmou em uma entrevista: 'Mesmo que sua tecnologia fique inativa por apenas alguns minutos ou algumas horas, isso pode ser muito, muito caro. O que mostramos em nosso artigo é que para o Bitcoin ou qualquer sistema semelhante ao Bitcoin, a atualização leva dias, semanas ou até meses.' Mas Perez-Delgado acredita que, dado que as novas e 'imediatamente iminentes' tecnologias quânticas podem facilmente quebrar os códigos de criptografia que protegem grandes volumes de dados online, essa ação lenta e cara é necessária.

Perez-Delgado não está tentando ser alarmista. A IBM prevê que neste décimo ano não teremos um computador quântico grande o suficiente para ameaçar as formas atuais de criptografia, portanto, até lá, sua ameaça à criptografia ainda é apenas uma hipótese. Mas Perez-Delgado alerta que, se os computadores quânticos realmente representarem uma ameaça, todas as empresas de tecnologia devem agir de forma proativa.