Quem cai primeiro na aposta de um trilhão de dólares? Bitcoin ou MicroStrategy?

A guerra entre Bitcoin e MicroStrategy está esquentando. Toda a estratégia da empresa, e talvez sua existência, está atrelada ao mercado imprevisível do Bitcoin. Com um trilhão de dólares em jogo, as apostas não poderiam ser mais altas.

A MicroStrategy despejou $25,6 bilhões em Bitcoin desde 2020, adquirindo 423.650 BTC a um preço médio de $60.324 por moeda. A empresa, antes conhecida por seu software, agora detém 2% de todo o Bitcoin em circulação.

Com o Bitcoin sendo negociado a mais de $100.000 esta semana, essas holdings valem $42 bilhões. Michael Saylor, cofundador e presidente executivo da MicroStrategy, se tornou o maior porta-voz do Bitcoin. Seu “Plano 21/21” descreve uma estratégia para levantar $42 bilhões—metade por meio de dívidas e metade por meio de capital—para comprar mais Bitcoin.

De acordo com Saylor, Bitcoin é o futuro das finanças corporativas. Ele até prevê que pode atingir $13 milhões por moeda até 2045. A confiança está nas alturas, mas a exposição da empresa também.

O preço das ações da empresa disparou 540% este ano, catapultando sua avaliação de mercado de $1,1 bilhão em 2020 para $83 bilhões.

Mas é aqui que as fissuras começam a aparecer. O sucesso da MicroStrategy depende inteiramente do preço do Bitcoin. Se o Bitcoin tropeçar, a MicroStrategy tropeça ainda mais.

Analistas alertam que, se o Bitcoin cair abaixo de $30.000, a empresa pode ser forçada a vender partes de suas holdings de Bitcoin para cobrir dívidas. Isso poderia desencadear um efeito dominó, fazendo o preço do Bitcoin cair ainda mais e aprofundando os problemas da MicroStrategy.

A empresa também está lidando com $8 bilhões em notas conversíveis que vencem nos próximos anos. Essas notas são essencialmente promissórias, e pagá-las depende do Bitcoin manter seu alto valor. Se o mercado esfriar, a empresa pode enfrentar um pesadelo financeiro.

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