A União Europeia (UE) terá novos regulamentos AML, que entrarão em vigor no próximo ano, para fortalecer a sua supervisão contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo no espaço criptográfico.
O novo quadro ABC inclui o início de outra autoridade reguladora, a Autoridade Anti-Lavagem de Dinheiro (AMLA), que promoverá a colaboração entre as principais autoridades e reduzirá os riscos no sistema financeiro da UE.
A UE tem trabalhado em regulamentos ABC/CFT desde 2018
Em 2018, a União Europeia introduziu algumas orientações ABC/CFT. No entanto, naquela época, as regulamentações se aplicavam apenas a provedores de carteiras de custódia e provedores de serviços de criptomoeda para moeda fiduciária. Limitaram-se também a políticas de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo e ignoraram os controlos de entrada no mercado ou os requisitos de protecção do consumidor.
Em 2021, a UE foi forçada a rever o seu quadro ABC/CFT na sequência de uma série de crimes criptográficos de grande repercussão. Na altura, 1% do PIB da região também estava ligado a atividades financeiras suspeitas e todos os casos de branqueamento de capitais envolviam elementos transfronteiriços.
Assim, em 2023, a autoridade propôs um regulamento único para regular e supervisionar uma gama mais ampla de emissão, negociação e serviços de criptoativos e expandir as regulamentações para outros provedores de serviços de criptoativos (CASP).
O quadro incorporará novas directivas sobre branqueamento de capitais
Até ao final de 2025, espera-se que todo o pacote legislativo ABC/CFT seja implementado, incluindo o código regulamentar único para a região. O novo regulamento irá alargar o leque de empresas sujeitas a regulação, abrangendo intermediários hipotecários e de crédito ao consumo, gestores de fundos, plataformas de crowdfunding e operadores de migração de investimento