No vasto e caótico bazar do mundo criptográfico, onde sonhos de riqueza instantânea são vendidos ao preço do bom senso, surgiram algumas criaturas grotescas e coloridas. Não são moedas no sentido clássico, nem mesmo no novo paradigma blockchain. São caricaturas, piadas de mau gosto que evoluíram para monstros insaciáveis ​​$DOGE , $PEPE , $SHIB e Bonk, os bobos do reino digital, encarnam a banalidade convertida em investimento. e o delírio coletivo elevado a dogma financeiro.

DogeCoin, a matrona desta família grotesca, nasceu como uma zombaria do sistema e acabou sendo sua rainha da paródia. Sua origem – um meme fofo de um cachorro Shiba Inu – poderia ter permanecido nos anais do humor da internet. Mas não: a estupidez humana decidiu dar-lhe valor. E aí está, celebrado como um activo por hordas de investidores que acreditam que uma casca digital pode ser mais valiosa que o ouro. Doge não é a revolução descentralizada que a criptografia prometeu; É uma piada que saiu do controle de seus próprios criadores.

Depois vem Pepe, o infame sapo que saltou dos cantos mais obscuros da internet para o circo do mercado financeiro. PepeCoin nada mais é do que o apogeu do criptoniilismo: uma moeda baseada em um meme sapo que representa, em sua essência, o vazio absoluto. É um grito silencioso de desespero financeiro, um lembrete de que vivemos numa época em que o ridículo é lucrativo e a sanidade é coisa do passado.

Shiba Inu, por sua vez, queria imitar Doge, mas sem diversão, como uma piada repetida que já não faz rir. Os fãs de Shiba a apresentam como “a assassina Doge”, mas ela é pouco mais que um pastiche do que já era um desenho animado. Com seu exército de fãs histéricos e marketing agressivo, Shiba é o equivalente financeiro daqueles programas de televendas que prometem o mundo em troca de um balde de plástico.

E, finalmente, há Bonk, a mais recente abominação do criptozoológico. Bonk representa um ponto baixo mesmo para os padrões das moedas meme, com um nome que parece mais um brinquedo de cachorro do que uma moeda séria. Em Bonk não há sequer a pretensão de um propósito; É puro caos, uma moeda que não oferece nada além da promessa de um enriquecimento rápido que nunca chega.

Estas moedas nada mais são do que um espelho da nossa época: superficiais, imediatas, desesperadas pela próxima dose de novidade. Os comerciantes os perseguem como cães atrás do próprio rabo, confiando que o próximo “boom” os levará à lua. Mas a realidade é diferente: o cosmos criptográfico está cheio de satélites mortos, e estas moedas são os seus restos mais patéticos.

O resultado? Uma legião de perdedores, sonhadores arruinados e ocasionais oportunistas que conseguiram sair antes que tudo fosse para o inferno. Mas o circo continua, porque há sempre mais pessoas ingénuas dispostas a cair na armadilha. Doge, Pepe, Shiba, Bonk: não são moedas, são miragens, são o barulho de uma civilização que perdeu o sentido de valor, de sanidade, o essencial não muda: essas “moedas” nada mais são do que fumaça e risadas enlatadas. E no final, quando as luzes do circo se apagarem, a única coisa que restará será o eco dos tolos que aplaudiram.