Entre janeiro de 2022 e outubro de 2024, a maioria dos projetos de criptomoedas inativos foram lançados nos Estados Unidos, enquanto fundadores americanos estavam por trás de 43% de todos os projetos de criptomoedas que acabaram sendo golpes.

De acordo com um estudo da 5Money e da Storible, uma grande parte dos golpes globais e projetos de criptomoedas fracassados ​​supostamente se originam de um punhado de países, incluindo Estados Unidos, China e Reino Unido.

Especialistas analisaram dados de 1.544 projetos de criptomoedas lançados globalmente entre janeiro de 2022 e outubro de 2024.

Os Estados Unidos estão no topo da lista, com fundadores americanos por trás de 43% de todos os projetos de golpes. Isso foi atribuído ao alto número de projetos de cripto lançados nos EUA, bem como implosões de alto perfil, como o colapso da FTX em 2022.

A China e o Reino Unido seguem-se, representando 8% e 7% dos projetos fraudulentos, respetivamente.

Os EUA também lideram a lista de projetos fracassados, respondendo por 33% do total, seguidos pela China com 7,63%, Reino Unido com 7,22% e Coreia do Sul e Cingapura, cada um com mais de 6%.

“Golpes e projetos fracassados ​​são mais comuns em países com forte crescimento de mercado”, acrescentou o relatório.

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Para determinar os países com a maior taxa de projetos fraudulentos de criptomoedas, os pesquisadores compararam o número de projetos fraudulentos lançados por desenvolvedores em cada país com o número total de projetos de criptomoedas.

A Rússia ficou em primeiro lugar, com analistas concluindo que 24% de todos os projetos lançados por desenvolvedores russos acabaram sendo golpes. Os desenvolvedores suíços ficaram em segundo lugar, com 22% dos projetos golpes, seguidos pelos desenvolvedores chineses com 20%. O Vietnã também ficou entre os dez primeiros, com 12% de seus projetos de criptomoedas sinalizados como fraudulentos.

Enquanto isso, a Coreia do Sul tem a maior taxa de projetos de criptomoedas fracassados, com 59% do total de seus projetos classificados como mortos, embora o número geral seja menor em comparação a países como os Estados Unidos.

Cingapura seguiu de perto com 54%, enquanto mais da metade dos projetos no Reino Unido também falharam. Canadá e Holanda registraram uma taxa de falha de 50%, enquanto o Vietnã ficou em sexto lugar globalmente, com 42% de todos os projetos lançados no país terminando mortos.

O estudo enfatizou a necessidade de padrões globais e regulamentações mais rigorosas para lidar com a prevalência de golpes e projetos fracassados.

Reguladores em todo o mundo já começaram a apertar seu controle sobre a indústria de criptomoedas em uma tentativa de garantir estabilidade econômica e reforçar a proteção do investidor. Por exemplo, a Financial Conduct Authority no Reino Unido planeja finalizar as regulamentações de criptomoedas até 2026, enquanto Cingapura e Coreia do Sul introduziram medidas rigorosas de proteção ao consumidor.

As descobertas recentes ressoam com um relatório de fevereiro da AlphaQuest, que revelou que mais de 70% dos projetos de criptomoedas lançados durante a alta de 2020-2021 foram relatados como mortos no início de 2024, com 30% sendo encerrados logo após a FTX entrar com pedido de falência.

2023 foi citado como o ano mais difícil para o setor de criptomoedas no ciclo 2020-2023, com quase 60% dos projetos inativos eliminados durante esse período, principalmente devido à baixa liquidez e ao baixo volume de negociação.

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