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Analistas do Standard Chartered e da Zodia Markets projetam que as stablecoins podem atingir até 10% das transações M2 e FX nos EUA.
Embora atualmente representem apenas 1% dessas transações, uma regulamentação adequada, especialmente sob o governo Trump, poderia impulsionar sua adoção.
As stablecoins estão sendo cada vez mais usadas em pagamentos internacionais, remessas e liquidações comerciais.
Analistas do Standard Chartered e da Zodia Markets projetaram um forte crescimento no uso de stablecoins nos Estados Unidos, sugerindo que elas podem representar até 10% das transações M2 e de câmbio (FX) no futuro.
Atualmente, as stablecoins representam aproximadamente 1% de ambos os tipos de transações, mas especialistas acreditam que essa porcentagem pode aumentar à medida que o setor ganha mais legitimidade e uma estrutura regulatória adequada é estabelecida.
O Impacto da Regulamentação na Adoção de Stablecoins
O fator-chave para esse crescimento é a regulamentação. Embora durante o governo Joe Biden tenha havido pouco progresso na criação de diretrizes regulatórias claras, analistas acreditam que o governo Donald Trump poderia tomar medidas mais decisivas nesse sentido, acelerando seu crescimento e sua integração aos sistemas financeiros tradicionais. A regulamentação permitiria que esses ativos ganhassem maior aceitação entre os usuários, incluindo bancos e instituições financeiras.
As limitações do SWIFT e dos sistemas bancários tradicionais
O relatório também critica a atual infraestrutura financeira global, destacando as limitações do sistema bancário tradicional e do SWIFT, particularmente devido às taxas opacas aplicadas em transações internacionais. Essas taxas, baseadas no volume de transações ou descontos de associação, dificultam a transparência e a acessibilidade para muitos usuários, levando as stablecoins a emergir como uma alternativa mais eficiente e econômica para transações globais.
Em termos de aplicações, as stablecoins estão ganhando cada vez mais espaço, não apenas como ferramentas de negociação, mas também em áreas como pagamentos transfronteiriços, remessas, liquidação comercial e pagamentos de folha de pagamento. Além disso, um relatório recente da YouGov destaca sua crescente popularidade em mercados emergentes como Brasil, Turquia, Nigéria, Índia e Indonésia, onde os usuários valorizam particularmente a capacidade de manter diretamente moedas tokenizadas, como o dólar americano, sem depender de bancos que geralmente são pouco confiáveis ou inacessíveis.
O mercado de stablecoins atingiu uma capitalização de mercado histórica de US$ 190 bilhões, superando o recorde anterior de US$ 188 bilhões. Stablecoins lastreadas em Fiat, como USDT e USDC, dominam o mercado. O USDT agora é classificado como o terceiro maior ativo digital, atrás apenas do Bitcoin e do Ethereum