Fonte: cryptoslate
Traduzido por: Blockchain Knight
O legislador brasileiro Eros Biondini recentemente propôs a criação de uma reserva estratégica soberana de BTC (RESBit), com um valor de alocação de até 18,6 bilhões de dólares, equivalente a 5% das reservas internacionais do Brasil até setembro.
De acordo com o projeto de lei, a RESBit diversificará os ativos da tesouraria do Brasil, protegendo as reservas internacionais da volatilidade cambial e dos riscos geopolíticos, e apoiará a moeda digital do Banco Central do Brasil, o Drex.
O projeto de lei visa "modernizar a gestão tecnológica e financeira do Brasil", buscando aumentar a competitividade na economia digital global.
A RESBit aponta que muitos países que incorporaram a tecnologia blockchain na gestão financeira nacional já obtiveram sucesso, como El Salvador, a aprovação de ETFs nos Estados Unidos, o yuan digital doméstico, Dubai se tornando um centro de ativos cripto e a regulamentação MiCA da União Europeia.
O relatório também destacou que, apesar da alta volatilidade, os ativos cripto se tornaram uma classe de ativos viável nos últimos anos, especialmente após seu valor de mercado atingir um recorde histórico de 3,5 trilhões de dólares.
"Apesar da instabilidade, os dados indicam que a posição dos ativos cripto como uma classe de ativos legítima está se consolidando. Países que adotarem estratégias para integrá-los à economia colherão grandes benefícios a médio e longo prazo."
De acordo com o projeto de lei, o Banco Central do Brasil e o Ministério da Fazenda serão responsáveis pela custódia do BTC e deverão relatar a cada seis meses a aquisição, desempenho, segurança e riscos da RESBit.
Além de diversificar as reservas internacionais do país, o projeto de lei também menciona a promoção de pesquisas e desenvolvimento relacionados à blockchain.
A educação impulsiona a inclusão de treinamento para agentes públicos na execução do plano RESBit, a criação de cursos de graduação relacionados a blockchain, ativos cripto e segurança cibernética em instituições de educação pública, além de incentivar startups a desenvolver projetos relacionados a ativos cripto.
Biondini afirmou: "A criação da RESBit é uma medida estratégica que coloca o Brasil na liderança da nova economia digital, reduzindo riscos econômicos e ampliando oportunidades de desenvolvimento tecnológico e financeiro."
De acordo com o último relatório da Chainalysis, o Brasil ocupa a 10ª posição no índice de adoção de ativos cripto globalmente e teve o segundo maior volume de recebimento de ativos cripto entre 2022 e 2023.