O recente anúncio do Presidente Eleito Donald Trump sobre a adição de uma tarifa de 10% a todos os produtos chineses que entram em solo dos EUA fez com que o gigante asiático se preparasse para medidas de contra-ataque para uma possível guerra comercial iminente. Ontem, Trump anunciou que esta seria uma medida retaliatória em relação à entrada contínua de fentanil no país.
Nas redes sociais, Trump declarou que até que esse fluxo de drogas pare, sua administração cobraria 'uma tarifa adicional de 10% da China, além de quaisquer tarifas adicionais, sobre todos os seus muitos produtos que entram nos Estados Unidos da América.' Em fevereiro, Trump afirmou que aplicaria tarifas de '60% ou mais' sobre produtos chineses especialmente.
Essas medidas, se implementadas, podem significar a intensificação de uma nova guerra comercial entre os dois países. Desde que Trump insinuou a criação de tarifas durante sua campanha, a China se preparou para contra-atacá-las. Uma das ferramentas disponíveis, a 'Lei de Contrarrestar Sanções Estrangeiras', dá ao governo autoridade para 'colocar na lista negra empresas estrangeiras, impor sanções e restringir o acesso a cadeias de suprimentos críticas', segundo o FT.
Alexander Strelnikov, fundador da empresa russo-chinesa Rustranschina, afirmou que a China tinha várias estratégias para contrabalançar o efeito das tarifas dos EUA. Isso inclui estabelecer tarifas semelhantes para produtos americanos e barreiras para empresas alcançarem clientes chineses. Além disso, Pequim também pode exercer um controle aumentado sobre o investimento estrangeiro na China, tornando mais complexo para cidadãos e empresas dos EUA posicionarem seus negócios no país.
Em antecipação a esses esforços, economistas chineses pediram para desdolarizar a reserva de forex nacional para reduzir os riscos associados à manutenção de mais de $1,5 trilhão na forma de uma moeda adversarial como o dólar americano. Recentemente, Zhang Ming, vice-diretor do Instituto de Finanças e Bancos da Academia Chinesa de Ciências Sociais, afirmou que a China deveria abordar 'os riscos financeiros associados a possíveis sanções futuras dos EUA.'
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