O chefe do fundo de hedge, Bessent, foi nomeado como o novo secretário do Tesouro dos EUA. Quem é ele? Que tipo de burocrata ele é?
Quando Bessent se tornou o conselheiro de Trump?
A família Trump já era uma família rica antes de ele entrar na política, então Bessent já tinha contato com eles. No entanto, apoiar Trump é algo que começou apenas este ano. Duas pessoas atuaram como intermediárias: uma é o grande financiador da campanha de Trump, John Paulson; a outra é o vice-presidente escolhido por Trump, Pence. Ambos têm uma relação próxima com Bessent e são pessoas de total confiança de Trump. Bessent também é um ativo doador do Partido Republicano, tendo doado 15 milhões de dólares até o ano passado. Com seu apoio público, doações anteriores e fortes recomendações de pessoas próximas, a entrada de Bessent na equipe de Trump e seu papel como conselheiro econômico tornou-se algo natural.
Qual é o papel de Bessent na equipe de Trump?
Simplificando, a principal tarefa de Bessent é: primeiro, estudar como transformar as ideias de Trump em políticas econômicas que o público possa entender. Ele defende que Trump implemente a “3-3-3”: ou seja, até 2028, reduzir o déficit orçamentário para 3% do PIB, crescimento do PIB de 3% e aumento da produção de petróleo dos EUA em 3 milhões de barris por dia. É simples e fácil de entender.
Em segundo lugar, usando sua autoridade em Wall Street, ele também trabalha muito para promover Trump nas eleições. Ele é uma das raras figuras de Wall Street que frequentemente defende as políticas econômicas de Trump (já que muitas delas são de sua autoria), prometendo que a economia dos EUA prosperará após a eleição de Trump e alertando que a eleição de Harris resultará em um “colapso de Kamala”.
O estilo de Bessent
O estilo de Bessent tem uma semelhança com Soros e Trump, que é “colocar seus próprios objetivos em primeiro lugar, mesmo que isso signifique destruir a ordem tradicional”. As ações de Soros que provocaram a crise financeira asiática e atacaram a libra esterlina são uma manifestação dessa característica; além disso, poucos em Wall Street conseguem agir de maneira tão aberta e completa (geralmente operam nos bastidores, sem se expor, o que parece bom na superfície, mas não é eficiente).
Se ele for aprovado pelo Congresso dos EUA e se tornar secretário do Tesouro, é provável que ele realize muitas ações razoáveis, mas muito inadequadas, para manter a hegemonia financeira dos EUA.