A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) deu um passo significativo em direção à integração de ativos tokenizados nas finanças tradicionais.

Na quinta-feira, seu Comitê Consultivo de Mercados Globais aprovou recomendações para permitir que ativos de fundos do mercado monetário tokenizados, incluindo aqueles de empresas como BlackRock e Franklin Templeton, sejam usados como colateral na negociação tradicional de derivativos. Embora ainda não seja aplicável, esse movimento destaca o crescente interesse em aproveitar a tecnologia de registro distribuído (DLT) para modernizar os mercados financeiros.

Embora as recomendações aguardem revisão pela comissão completa da CFTC, a aprovação sinaliza uma mudança em direção à aceitação mais ampla de ativos tokenizados. O cronograma para uma decisão final permanece incerto, mas as recomendações do comitê frequentemente têm considerável influência devido à sua base técnica.

Ativos Tokenizados: Um mercado em crescimento

O potencial para ativos tokenizados nos mercados financeiros é imenso. A tokenização permite que as empresas usem representações digitais de ativos tradicionais como colateral, reduzindo custos e melhorando a eficiência. Um relatório da McKinsey estima que a demanda por ativos tokenizados, excluindo stablecoins, pode chegar a US$ 2 trilhões até 2030.

Os principais players já começaram a explorar esse espaço. Corretores primários de criptomoedas como Hidden Road e FalconX aceitam o token BUIDL da BlackRock como colateral para derivativos de criptomoedas. Enquanto isso, a Franklin Templeton permitiu que investidores institucionais transferissem tokens relacionados a fundos na blockchain Stellar e introduziu mecanismos para converter stablecoins USDC em dólares para compras de fundos. Essas iniciativas sublinham o papel crescente da tokenização na melhoria da liquidez e gestão de capital.

Experimentos de Tokenização de Wall Street

A tokenização está no radar de Wall Street há anos, com instituições realizando projetos piloto para explorar seu potencial. A State Street testou a tecnologia blockchain para automatizar cálculos de margem e comprometimento de colateral em transações de câmbio. O Citigroup, Wellington Management e WisdomTree trabalharam na tokenização de investimentos em mercados privados. Da mesma forma, o JPMorgan desenvolveu um aplicativo que permite aos investidores usar ativos tokenizados de forma mais eficaz como colateral.

No entanto, a ausência de clareza regulatória fez com que a adoção generalizada dessas iniciativas fosse interrompida. Embora esses experimentos destaquem o potencial da tokenização, aumentá-los tem sido desafiador sem um quadro legal claro. O último movimento da CFTC pode fornecer a base regulatória para avançar esses esforços.

Líderes da indústria apoiando o impulso

O subcomitê da CFTC por trás dessas recomendações inclui jogadores significativos da indústria, como Citadel, BlackRock e Bloomberg LP. De acordo com Caroline Butler, co-presidente do subcomitê, a gestão de colateral permanece um dos casos de uso mais promissores para a tokenização. Ela observou que esse desenvolvimento poderia marcar um momento crucial na integração de ativos tokenizados nos sistemas financeiros tradicionais. Se a orientação da CFTC for adotada, isso pode abrir caminho para que o colateral tokenizado desempenhe um papel central no panorama econômico global. Por enquanto, a indústria aguarda os próximos passos da comissão.

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