A queda recente do Bitcoin chocou muitos, especialmente depois que ele subiu mais de US$ 25.000 em apenas uma semana para atingir uma alta histórica de US$ 93.800 na quarta-feira. Na manhã de sexta-feira, no entanto, o BTC caiu de US$ 92.000 para menos de US$ 87.000. Embora isso possa parecer alarmante, é importante lembrar que as retrações são parte da volatilidade do mercado de criptomoedas. Aqui estão três razões principais por trás da queda de US$ 4.000 do Bitcoin e por que o pior pode ter ficado para trás.
1. Baleias e mineradores vendendo seus BTC
O motivo mais provável para a forte retração é a liquidação de dois grandes grupos: baleias e mineradores.
• Atividade de baleias: Dados recentes da Lookonchain revelaram que grandes detentores de Bitcoin (baleias) têm movido quantias significativas de BTC para exchanges centralizadas. Recentemente, uma baleia depositou 1.920 BTC (US$ 169 milhões) na Binance em uma hora, com um total de 4.060 BTC (US$ 361 milhões) depositados nos últimos dias. Isso pode ser um movimento para realizar lucros após o rali explosivo do Bitcoin, especialmente após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA em 2024.
• Mineradores despejando BTC: Outro fator contribuinte é a venda de Bitcoin pelos mineradores. Embora isso tenha sido relatado pela primeira vez no início desta semana, dados recentes da CryptoQuant indicam que a tendência de venda continua. Notavelmente, até mesmo um minerador da era Satoshi movimentou 2.000 BTC — moedas mineradas em 2010. Esses movimentos para as bolsas sugerem que os mineradores podem estar lucrando com o recente aumento de preço.
2. Saídas de ETF – Uma mudança no sentimento do investidor
Nos dias seguintes à vitória eleitoral de Trump, houve um influxo massivo de fundos em ETFs de Bitcoin, com quase US$ 5 bilhões sendo despejados nos fundos em apenas seis dias de negociação. Esse rápido influxo pode ter levado o preço do Bitcoin até o que poderia ser seu topo local, desencadeando um recuo.
No entanto, a tendência se inverteu em 14 de novembro, quando mais de US$ 400 milhões foram retirados de ETFs de Bitcoin baseados nos EUA, marcando a terceira maior saída líquida desde o início do fundo em janeiro. Curiosamente, esta não é a primeira vez que vemos retiradas tão grandes, com padrões semelhantes observados antes de fundos de preços anteriores. As tendências históricas sugerem que essas saídas geralmente ocorrem antes que o mercado se estabilize e comece a subir novamente.
3. Condições de sobrecompra – Uma correção era esperada
Após a ascensão meteórica do Bitcoin, vários indicadores sugeriram que o mercado havia se tornado superaquecido. Métricas-chave como o RSI (Índice de Força Relativa) e o MVRV (Valor de Mercado para Valor Realizado) indicaram que o Bitcoin estava em território de sobrecompra, sinalizando uma correção potencial.
Os níveis crescentes de FOMO (Fear of Missing Out) também contribuíram para um rali insustentável. À medida que o mercado atingia seu pico, muitos investidores entraram para capitalizar o momentum ascendente, elevando o preço. No entanto, quando a pressão de compra diminuiu, ocorreu uma correção natural, resultando na queda de US$ 4 mil.
O pior já passou?
Embora o preço do Bitcoin ainda esteja abaixo de sua máxima histórica, é importante notar que ele continua com alta de 17% na semana. O recuo forneceu um respiro muito necessário após o rali massivo, e os fundamentos permanecem fortes.
Muitos investidores ainda estão esperançosos de que o BTC possa atingir a cobiçada marca de US$ 100.000, mas paciência será a chave. A queda recente pode ser apenas uma correção saudável antes que o Bitcoin continue sua trajetória ascendente. Então, se você tem adiado a entrada no mercado, esta pode ser a oportunidade perfeita para comprar com desconto.
A volatilidade do Bitcoin não é nenhuma novidade e, como a história mostrou, os recuos geralmente precedem o próximo grande movimento. O mercado pode ter esfriado por enquanto, mas a perspectiva de longo prazo para o BTC continua forte.