O Bitcoin acabou de passar da marca de US$ 90.000, e a QCP Capital está anunciando. “O BTC entrou em uma nova fase”, disse em uma postagem recente no Telegram.

Este é o Bitcoin cavando seu caminho para um novo papel, um que os tipos de finanças tradicionais estão levando a sério. A QCP diz que estamos olhando para um ativo de tesouraria aqui — algo que corporações, governos e grandes instituições estão cada vez mais mantendo, não apenas negociando.

Desde a eleição dos EUA, os ETFs de BTC arrecadaram a impressionante quantia de US$ 2,28 bilhões em apenas três dias. E ainda está esquentando. Só na semana passada, os ETFs atraíram US$ 1,8 bilhão, e o ritmo não diminuiu, com outros US$ 1,1 bilhão entrando no início desta semana.

Dogecoin tem seu momento

Justo quando o Bitcoin estava iluminando o palco, outro personagem cripto roubou os holofotes por um momento. Dogecoin (DOGE).

Esta memecoin disparou como um foguete na terça-feira à noite, aproveitando uma onda pós-eleitoral depois que ninguém menos que Donald Trump anunciou o “Departamento de Eficiência Governamental” ou, como você deve ter adivinhado, o “DOGE”.

Trump envolveu Elon Musk, da Tesla, e o ex-candidato republicano Vivek Ramaswamy para liderar a investida. O plano de jogo deles? Cortar o inchaço do governo, acabar com o excesso de regulamentações e “simplificar” as agências federais. A reação foi imediata.

DOGE disparou quase 20%, sendo negociado a US$ 0,37 nas primeiras horas após atingir US$ 0,43. Desde 5 de novembro, a moeda meme apex subiu insanos 153%, superando até mesmo o aumento de 30% do Bitcoin. E em uma reviravolta bem selvagem, DOGE tirou o XRP de seu lugar para reivindicar o sexto lugar no ranking de capitalização de mercado.

Os mineradores de Bitcoin apertam o botão de venda

Agora, nem todo mundo está segurando firme seu Bitcoin. Os mineradores, as pessoas que trabalham duro computacionalmente para manter a rede funcionando, começaram a descarregar assim que o BTC cruzou essa nova alta. É um clássico: os mineradores veem US$ 90.000 e trocam algumas fichas.

O Miners Position Index (MPI) — basicamente um indicador de quanto os mineradores estão vendendo — passou de 2, o que é alto. Sempre que esse índice cruza 2, os mineradores estão vendendo em níveis que podem realmente inclinar o mercado. Não é surpreendente; o preço do Bitcoin está em um nível em que os mineradores podem estar procurando cobrir seus custos operacionais, especialmente após segurar durante oscilações voláteis.

Mas não são apenas os mineradores que estão pulando do barco. A realização de lucros começou em todos os níveis quando o Bitcoin atingiu novas máximas. É um frenesi de alimentação, com vendedores se alinhando para obter ganhos enquanto o preço está quente. E não parou por aí. Os traders alavancados, aqueles que tomam empréstimos para apostar alto, foram pressionados duramente.

Quando o preço foi ajustado, US$ 42 milhões em posições longas — basicamente apostas de que o preço continuaria subindo — viraram fumaça. A liquidação massiva esfriou a alavancagem do mercado, com as taxas de financiamento caindo para meros 0,008%, sugerindo que os traders do lado longo ficaram assustados com suas perdas.

A ação não diminuiu. Conforme o preço do Bitcoin caía, uma mudança atingiu o mercado futuro. Enquanto alguns traders de futuros se acumularam em posições vendidas, apostando que o Bitcoin cairia, outros nos EUA entraram em alta na Coinbase, comprando Bitcoin spot em vez disso, empurrando-o de volta para US$ 90.000.

Esse vai e vem é típico do Bitcoin. Você tem traders de curto prazo entrando em pânico enquanto os jogadores de longo prazo aparecem, pegando mais Bitcoin enquanto os caras menores desistem. No final do dia, o dinheiro grande no Bitcoin não mostra sinais de que vai ceder.

Indicadores técnicos mostram tendências fortes com um toque de cautela

No momento, o preço do Bitcoin está confortavelmente acima da média móvel de 50 períodos, um sinal de que os touros estão comandando as coisas. E é aqui que fica interessante: a média móvel de 50 períodos está acima da de 200 períodos, formando o que os traders chamam de “cruz dourada”.

No entanto, embora o preço do Bitcoin tenha se mantido forte, houve algumas quedas abaixo da marca de 50 períodos, apenas para se recuperarem imediatamente. Toda vez que o BTC cai, há um enxame de compradores prontos para pegá-lo, levando o preço de volta e mantendo-o acima desses níveis-chave.

O indicador On-Balance Volume (OBV) — basicamente uma medida de pressão de compra e venda — está subindo junto com o preço do Bitcoin. Quando o OBV sobe, especialmente durante um rali, é um sinal de que há um volume real respaldando a ação do preço, não apenas exagero.

Mas há alguma resistência nesses níveis, com o preço do Bitcoin atingindo zonas de resistência que deixam os traders nervosos. O gráfico está cheio de formações de “topo duplo” e “fundo duplo”, aqueles pequenos sinais que os traders procuram para avaliar onde os preços podem estagnar ou saltar.

Estamos vendo mais topos duplos do que fundos, o que significa que o Bitcoin está lutando para romper certos níveis. A pressão de venda dos mineradores só aumenta essa resistência, tornando mais difícil para o Bitcoin se manter acima das máximas recordes sem recuar um pouco.

E então há o MACD, que os traders usam para detectar mudanças no momentum. Ele mostra algumas rachaduras no impulso ascendente do Bitcoin. Quando o Bitcoin disparou pela primeira vez, a linha MACD estava claramente acima da linha de sinal, uma luz verde para os touros.

Mas quando o BTC atingiu a marca de US$ 90 mil, a linha MACD começou a se aproximar da linha de sinal, até mesmo cruzando abaixo dela em alguns pontos.