Escrito por: Bitcoin Magazine
Compilado por: Felix, PANews
O Índice de Popularidade do Bitcoin (BPI) é a primeira pesquisa abrangente de buscas em sua categoria. O índice visa medir a influência global do Bitcoin através de uma análise abrangente das consultas de busca do Google.
Diferentemente de muitos estudos que oferecem dados absolutos ou múltiplas dimensões de vários tokens, os dados do BPI consideram principalmente fatores como diversidade linguística, a dominância do Google Chrome e a escala populacional, fornecendo insights específicos sobre o interesse em Bitcoin. Essa abordagem não apenas mede o interesse bruto dos diferentes países em Bitcoin, mas também mede o nível de engajamento dos diferentes países com o Bitcoin.
Embora o BPI não tenha como objetivo fornecer respostas definitivas, ele oferece uma perspectiva única ao integrar esses diferentes elementos, passando de indicadores gerais para uma compreensão mais rica e contextualizada da adoção do Bitcoin em todo o mundo.
Índice de Popularidade do Bitcoin 2024
Principais descobertas
Os Estados Unidos têm o maior número de consultas mensais, com 14.432.650, seguidos pelo Brasil, com 12.400.260. Alemanha, Índia e Turquia completam os cinco primeiros.
Os sete primeiros e oito dos dez primeiros são todos países da Europa Ocidental.
A média do BPI dos países 'ocidentais' é de cerca de 3.720 (contra 1.250 em outras regiões), indicando uma popularidade relativamente alta do Bitcoin.
A pontuação BPI da África é a mais baixa entre todos os continentes, possivelmente devido à penetração da internet na África ser apenas 40%.
As consultas mais frequentes sobre Bitcoin são geralmente relacionadas ao preço, normalmente o preço do Bitcoin em relação ao dólar americano. No entanto, no Egito, o Bitcoin é mais frequentemente avaliado em barras de ouro do que em dólares ou libras egípcias.
O número total de consultas relacionadas ao Bitcoin por mês é de quase 77 milhões, com cerca de 10 milhões de buscas diretas por 'Bitcoin'.
A proporção de consultas entre Bitcoin e Ethereum é de 9:1.
Comparação entre continentes
A média do BPI da Oceania é a mais alta, cerca de 4.901, indicando que o Bitcoin é muito popular na região. Esses dados vêm apenas de dois países (Nova Zelândia e Austrália), ambos beneficiados por altos níveis de penetração da internet.
Seguindo na lista está a Europa, com uma média de BPI de 3.719 em 41 países, onde a popularidade do Bitcoin em todo o continente europeu é muito maior do que na maioria das outras regiões.
Os 50 principais países
Classificação 1-15
Classificação 16-32
Classificação 33-50
Métodos de coleta de dados
Seleção de dados: Dado que o Google mantém todos os dados de consultas de busca relacionados a criptomoedas, é importante determinar o conjunto de dados mais confiável. Para ser o mais abrangente possível, os conjuntos de dados do SEMRUSH, Ahrefs, DataOs, Moz e Google Trends foram baixados e analisados.
Comparação e seleção de dados: Embora os resultados dos dois maiores conjuntos de dados disponíveis, SEMRUSH e Ahrefs, sejam em grande parte semelhantes, existem diferenças significativas entre eles em muitos termos. Dados de alguns países mostram diferenças superiores a 80%. Essa variabilidade torna impraticável misturar dados ou preencher lacunas de países onde o SEMRUSH não fornece dados, uma vez que as discrepâncias são grandes demais para serem agregadas de forma confiável.
Configuração de consultas: Consultas de correspondência ampla para 'Bitcoin' e 'BTC' abrangem idiomas como latim, árabe, hebraico, cirílico, japonês, hindi, persa - árabe, cirílico, tâmil, cingalês, chinês e tailandês, entre outros.
Combinação de dados demográficos e de mecanismos de busca: Os dados populacionais vêm do Worldometers, e os dados de participação de mercado do Google vêm do Statcounter. Para este estudo, a participação de mercado do Google em todos os países foi recalculada para 100% para padronizar a influência do uso do mecanismo de busca nos dados.
Cálculo de consultas per capita: Usando os dados acima, foi calculada a média de consultas por país. Esta etapa é crucial para normalizar os dados de diferentes populações, permitindo comparações de interesse em Bitcoin independentemente do tamanho do país.
Visualização de dados: Os resultados finais foram classificados e plotados em um mapa de cloropleth usando a ferramenta de visualização Datawrapper.
O cálculo não considerou a proporção da população de um país que usa a internet, pois aqueles que não estão online são menos propensos a se interessar por Bitcoin. A penetração da internet na África recentemente foi divulgada como 40%, comparável à penetração na Europa e nos EUA em 2005. Embora essa proporção ainda seja baixa, está aumentando, assim como a popularidade do Bitcoin.
Escopo e limitações dos dados
Devido à falta de dados de 77 países, o índice BPI é limitado, incluindo China, Irã, Cuba e 33 países africanos (especialmente Tanzânia, Quênia e Sudão). A falta de dados de regiões chave resulta em uma visão global incompleta sobre o envolvimento com o Bitcoin.
Além disso, o índice BPI é baseado em estimativas de terceiros, já que o Google não compartilha dados específicos de consultas de busca para Bitcoin ou outras criptomoedas. O uso de VPN também confunde um pouco a origem das buscas, mas não se espera que tenha um grande impacto nos resultados.
Os dados de alguns países estão incorretos, pois 'BTC' é o nome de uma operadora de telefonia nas Bahamas, de um provedor de internet em Botswana e de um shopping center na Eslovênia.
O índice BPI fornece uma visão detalhada do interesse global pelo Bitcoin através de consultas de busca no Google. Embora este estudo tenha utilizado os melhores dados disponíveis, é importante notar que o BPI não tem como objetivo responder de forma clara qual país tem a maior taxa de adoção de Bitcoin. Em vez disso, o BPI é um indicador do interesse geral e do engajamento de diferentes países com o Bitcoin.
Os dados mostram que a Oceania tem a maior pontuação BPI, mas a Europa se destaca, com 41 dos 43 países apresentando desempenho excepcional. Além disso, os países com alta penetração da internet têm dados de busca mais robustos, portanto, os dados tendem a favorecer esses países.