Apesar do governo chinês ter proibido completamente as transações e atividades de mineração de criptomoedas, a China ainda mantém uma posição de liderança global no campo da mineração de Bitcoin. No entanto, com a rápida ascensão dos EUA nesse setor, a China está enfrentando uma forte concorrência dos EUA em sua posição dominante na mineração de Bitcoin. De acordo com os dados de mercado mais recentes e análises do setor, embora a taxa de hash da China tenha se recuperado, sua participação de mercado global está gradualmente se inclinando em direção aos EUA.

A posição dominante da China no campo da mineração de Bitcoin não é acidental. Já em 2017, a China se tornou o maior país de mineração de Bitcoin do mundo, com uma grande quantidade de máquinas de mineração e eletricidade barata, contribuindo com mais de 75% da taxa de hash global. Até que o governo impôs proibições rigorosas sobre criptomoedas em 2021, muitos acreditavam que a mineração de Bitcoin na China rapidamente entraria em declínio. No entanto, ficou provado que os mineradores chineses não saíram completamente desse mercado.
Os dados mais recentes mostram que a China ainda controla 55% da taxa de hash da rede global de Bitcoin, enquanto as pools de mineração dos EUA seguem de perto, ocupando cerca de 40% da participação de mercado. Isso se deve ao fato de que muitos mineradores chineses ainda conseguem operar no mercado subterrâneo, utilizando operações menores e mais discretas para evitar serem descobertos, mantendo assim uma parte considerável da taxa de hash global.
A aparição dessa situação reflete a resiliência e flexibilidade da rede do Bitcoin como um ativo descentralizado. Apesar de políticas desfavoráveis, muitos mineradores ainda conseguem encontrar maneiras viáveis de manter suas atividades de mineração. Esse fenômeno, em certa medida, mostra a característica descentralizada do Bitcoin, permitindo que sua rede mantenha uma relativa estabilidade diante de pressões externas.
No entanto, apesar das atividades de mineração da China ocuparem uma posição importante na participação do mercado global, a mineração nos EUA cresceu rapidamente nos últimos anos, tornando-se uma força poderosa no mercado global de mineração de Bitcoin. Os mineradores dos EUA se beneficiam do apoio político e da oferta estável de energia, especialmente em estados como Texas e Kentucky, que oferecem um ambiente político relativamente relaxado e suprimentos de energia adequados para os mineradores de Bitcoin. Nos últimos anos, a participação dos EUA no mercado de taxa de hash aumentou de forma constante, aproximando-se e possivelmente superando a da China no futuro.
De acordo com dados de mercado, desde que a China implementou a proibição da mineração de Bitcoin, muitos mineradores de Bitcoin migraram para os EUA e outros países, acelerando a ascensão dos EUA no campo da mineração de Bitcoin global. Os mineradores dos EUA não apenas se beneficiam de recursos energéticos abundantes, mas também têm apoio de fontes de energia verde, como eólica e solar, o que aumenta sua competitividade.
Enquanto isso, as empresas de mineração de Bitcoin nos Estados Unidos também receberam mais apoio de capital, e cada vez mais empresas listadas começaram a participar da mineração de Bitcoin. Algumas grandes fazendas de mineração de Bitcoin, como Core Scientific e Marathon Digital, já se tornaram participantes importantes na indústria global de mineração de Bitcoin. Essas empresas possuem equipamentos avançados e modelos operacionais mais eficientes, impulsionando ainda mais o aumento da taxa de hash dos EUA.

Vale ressaltar que, com o aumento da taxa de hash dos EUA e a operação contínua dos mineradores chineses no mercado subterrâneo, o cenário competitivo da mineração de Bitcoin global está mudando constantemente. No futuro, é possível que a situação de domínio absoluto da China seja gradualmente transformada em um mercado bipolar, onde tanto os EUA quanto a China compartilham a liderança. Além disso, outros países, como Rússia, Cazaquistão e Canadá, também ganharam espaço no mercado de mineração de Bitcoin.
Ao mesmo tempo, embora a China ainda ocupe uma parte significativa do mercado de mineração de Bitcoin global, seu futuro é cheio de incertezas. As políticas regulatórias do governo chinês em relação às criptomoedas sempre foram rigorosas, visando reduzir os riscos financeiros e o impacto ambiental. No entanto, com as mudanças contínuas no mercado global de Bitcoin, alguns profissionais do setor, como Justin Sun, fundador da Tron, pedem à China que reconsidere sua política de ativos digitais, acreditando que isso poderia promover o progresso da indústria na competição.
Além disso, cada vez mais indícios mostram que a China pode suavizar suas políticas regulatórias sobre criptomoedas no futuro. Especialmente em Hong Kong, esta região está se esforçando para se tornar um novo centro de criptomoedas e pode receber apoio de Pequim. Se essa mudança de política se concretizar, terá um impacto profundo no cenário global de mineração de Bitcoin.

Em suma, embora a China ainda mantenha uma forte participação de mercado no campo da mineração de Bitcoin, a ascensão dos mineradores dos EUA está mudando esse cenário. No futuro, a competição na indústria de mineração de Bitcoin se tornará ainda mais intensa. Se os mineradores chineses conseguirão manter sua competitividade em um ambiente político complexo, ou se os EUA substituirão completamente a posição dominante da China, ainda está por observar. De qualquer forma, a competição entre os dois países continuará a influenciar a direção do mercado global de mineração de Bitcoin.