O fundador do WazirX, Nischal Shetty, respondeu às alegações de que a empresa transferiu US$ 75 milhões em criptoativos para duas grandes bolsas sem informar os usuários.

A situação surgiu depois que a plataforma de criptomoedas indiana divulgou mais de 240.000 endereços de carteira como parte dos requisitos de uma moratória de quatro meses concedida a ela por um tribunal de Cingapura após um hack de US$ 235 milhões em julho.

Acusação da CoinSwitch

Ao destrinchar a divulgação em uma publicação de 21 de outubro no X, o presidente-executivo da CoinSwitch, Ashish Singhal, disse que sua equipe criou um sistema para tornar mais fácil para os usuários do WazirX analisarem as informações volumosas que foram disponibilizadas.

Ele observou que o interesse de sua empresa no assunto decorre do fato de que ela detém rúpia indiana e ativos digitais virtuais (VDA) com a WazirX. Além disso, ele alegou que quando a bolsa interrompeu as transações após o suposto hack, a CoinSwitch foi forçada a usar fundos de seu tesouro para compensar os clientes, e atualmente está entrando com uma ação legal contra a bolsa para recuperar os fundos usados ​​no exercício.

No entanto, Singhal afirmou que, enquanto sua equipe analisava os dados fornecidos, eles descobriram que a empresa havia transferido uma grande quantidade de criptomoedas para várias grandes exchanges após o incidente de hacking.

Segundo ele, a empresa de criptomoedas sediada em Mumbai transferiu moeda digital no valor de US$ 72,13 milhões para a Bybit, com outro pedaço avaliado em US$ 1,5 milhão indo para a KuCoin. Além disso, a equipe descobriu que dos mais de 200.000 endereços examinados, cerca de metade tinha saldos inferiores a US$ 10, enquanto quase 18.000 não tinham nada neles.

No entanto, Singhal se absteve de compartilhar mais informações sobre a suposta movimentação de fundos, citando os procedimentos legais em andamento de sua empresa contra a bolsa.

Resposta do WazirX

Um dia após as afirmações, o CEO da WazirX, Nischal Shetty, foi às redes sociais para dar seu lado da história. Descrevendo as alegações como uma “narrativa falsa” e uma “campanha coordenada”, Shetty negou que tenha havido qualquer movimentação “secreta” de fundos, como foi amplamente divulgado na imprensa após a acusação da CoinSwitch.

Segundo ele, a empresa transferiu os ativos para as exchanges como parte de um processo legítimo para contratar um novo custodiante após se separar da Liminal após o ataque de julho.

Ele também explicou que, devido à complexidade da custódia, certos tokens não são suportados por todos os provedores de custódia. Como resultado, alguns criptoativos foram temporariamente movidos para exchanges como Bybit e KuCoin, enquanto a WazirX explorava melhores soluções de custódia.

Apesar de oferecer uma recompensa de US$ 23 milhões e pedir ajuda a especialistas forenses e autoridades policiais, o site de negociação de criptomoedas ainda não recuperou nada do dinheiro roubado no ataque de julho.

E parece haver pouca esperança de que algo disso seja recuperado, já que o explorador, aparentemente ligado à Coreia do Norte, já teria lavado quase todos os seus ganhos ilícitos.

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