A criptomoeda está ganhando força globalmente como uma nova forma de troca e armazenamento de valor. Não é mais apenas uma tendência, mas uma opção cada vez mais aceita por consumidores, investidores, reguladores e empresas. No entanto, diferentemente das moedas tradicionais, a criptomoeda não é suportada por nenhum governo ou entidade central.

Moeda tradicional, ou fiduciária, é emitida e regulamentada por governos. Por exemplo, o dólar americano é fiduciário desde 1971, quando sua conversibilidade em ouro terminou. Moedas fiduciárias são confiáveis ​​porque são apoiadas por governos nacionais e bancos centrais, que garantem seu valor.

Um benefício da moeda fiduciária é sua relativa estabilidade quando administrada por economias fortes. É fácil de usar, seja em formato físico ou digital, e muitos países fornecem proteções legais para usuários contra roubo ou fraude. Por exemplo, cidadãos dos EUA se beneficiam de programas de seguro como o FDIC, que protegem depósitos bancários. A moeda fiduciária também é simples de acessar e amplamente aceita. No entanto, ela tem desvantagens: os usuários geralmente compartilham o controle sobre seu dinheiro com instituições financeiras, o que pode resultar em altas taxas. A moeda fiduciária também é vulnerável à inflação e desvalorização ao longo do tempo, e sua forma física pode ser roubada ou perdida. Além disso, a moeda fiduciária é frequentemente usada por criminosos para atividades ilegais, como lavagem de dinheiro.

Criptomoeda é uma forma digital de dinheiro que opera em um blockchain, usando criptografia para garantir a segurança. Ao contrário do fiat, geralmente é descentralizada, o que significa que nenhuma autoridade central a controla. As transações ocorrem ponto a ponto, sem a necessidade de intermediários como bancos. Algumas criptomoedas, no entanto, são gerenciadas por entidades privadas em seus próprios sistemas de contabilidade. O valor da maioria das criptomoedas vem da confiança e fé de seus usuários.

A criptomoeda dá aos usuários maior controle sobre seus ativos e privacidade ao remover intermediários. Muitos blockchains oferecem segurança, privacidade e acesso global 24 horas por dia, 7 dias por semana. A criptomoeda também pode ser usada para uma ampla gama de atividades, desde investimentos e pagamentos até a programação de transações financeiras automatizadas. Outra vantagem das criptomoedas são as taxas de transação mais baixas em comparação aos bancos tradicionais. A criptomoeda é vista como uma parte crítica da construção de uma nova economia digital que seja confiável e descentralizada, oferecendo eficiência e transparência. Por exemplo, algumas criptomoedas são usadas na Internet das Coisas (IoT), permitindo que os dispositivos façam transações seguras sem envolvimento humano.

No entanto, a criptomoeda tem seus próprios problemas. Algumas criptomoedas bem conhecidas são altamente voláteis, o que as torna arriscadas para uso diário e investimentos. A experiência do usuário também pode ser complicada, com etapas confusas para comprar, vender e gerenciar ativos digitais. Sem intermediários, pode ser difícil ou mesmo impossível recuperar fundos perdidos ou roubados, e a criptomoeda também é alvo de criminosos para atividades ilegais. Muitas criptomoedas não são apoiadas por nenhum governo, deixando os usuários sem as redes de segurança que a moeda fiduciária fornece. O valor da criptomoeda também depende da demanda do mercado, o que significa que ela pode perder todo o valor se as pessoas pararem de usá-la. Além disso, a mineração de criptomoedas como o Bitcoin requer muita energia, o que levanta preocupações ambientais. Criptomoedas com suprimentos fixos também podem sofrer deflação ao longo do tempo.

Embora cripto e fiat pareçam muito diferentes, eles compartilham pelo menos uma similaridade: ambos podem existir em formato digital. Embora fiat seja frequentemente pensado como dinheiro físico, a maioria da moeda do mundo é, na verdade, armazenada digitalmente em bancos. De acordo com um relatório de 2020 do Fundo Monetário Internacional (FMI), menos de 10% do dinheiro do mundo está em dinheiro físico, com o restante sendo mantido eletronicamente em contas bancárias.

Enquanto muitas nações estão de olho nas moedas digitais de bancos centrais (CBDC), a criptomoeda está disponível para uso público desde 2009. Apesar das proibições de criptomoedas em alguns países, a maioria das pessoas com acesso à internet pode facilmente usar criptomoedas populares hoje em dia.

Para resumir, a moeda fiduciária é gerenciada por sistemas centralizados como governos e bancos, enquanto a criptomoeda opera em redes descentralizadas sem intermediários. Embora a criptomoeda tenha como objetivo melhorar a eficiência de custos, o acesso e o controle, ela não tem o suporte, a estabilidade e as proteções que as moedas fiduciárias oferecem. Apesar de suas diferenças, tanto a moeda fiduciária quanto a criptomoeda são cada vez mais usadas em formato digital, marcando uma mudança na maneira como o mundo lida com dinheiro.