A Força Policial de Hong Kong (HKPF) desmantelou uma enorme operação de fraude internacional que usava tecnologia deep fake para enganar pessoas e fazer investimentos falsos em criptomoedas.

O golpe tinha como alvo homens por meio de romances falsos online, com as vítimas supostamente sendo enganadas em aproximadamente US$ 46 milhões.

27 presos em operação em centro de fraudes

Reportagens da mídia local revelaram que a polícia identificou um grupo operando em um centro de fraudes localizado em uma unidade industrial de Hung Hom entre agosto e setembro de 2024. Em 9 de outubro, as autoridades invadiram a instalação de 4.000 pés quadrados, prendendo 27 indivíduos, incluindo 21 homens e 6 mulheres com idades entre 21 e 34 anos.

Policiais também apreenderam computadores, celulares, relógios de luxo e aproximadamente US$ 25.750 em receitas de crimes suspeitos na sede da operação. Os suspeitos foram presos sob acusações de conspiração para fraudar e posse de armas ofensivas.

A operação fraudulenta se concentrou no uso de "golpes românticos", onde os perpetradores se passavam por mulheres atraentes para atrair vítimas para relacionamentos por meio de plataformas online. Usando tecnologia avançada de deep fake com inteligência artificial para criar interações realistas, os golpistas se passavam por mulheres desejáveis ​​e conduziam bate-papos por vídeo com seus alvos.

Uma vez estabelecida a confiança, as vítimas foram encorajadas a investir em criptomoedas virtuais por meio do que parecia ser uma plataforma de investimento legítima.

Na realidade, a plataforma era falsa, criada pela organização criminosa com a assistência de graduados universitários locais recrutados como especialistas em mídia digital e tecnologia. Esses graduados, junto com outros fraudadores estrangeiros e especialistas em TI, ajudaram a criar a infraestrutura sofisticada que permitiu o engano.

Operação de golpe de romance de IA

A polícia descreveu o centro de fraudes como meticulosamente organizado e extraordinariamente grande, com o grupo chegando a produzir manuais de treinamento em chinês e inglês. Esses manuais instruíam os trapaceiros sobre como construir romances falsos e manipular seus alvos para extrair dinheiro.

Fang Chi-kin, chefe da unidade regional de crimes de New Territories South, explicou que após o contato inicial com as vítimas nas redes sociais, os impostores usaram IA para enviar fotos geradas artificialmente retratando indivíduos atraentes. Suas personas falsas foram cuidadosamente elaboradas em termos de aparência, personalidade, ocupação e educação.

O superintendente Iu ​​Wing-kan acrescentou que quando as vítimas solicitavam videochamadas, a tecnologia deep fake era usada para alterar suas aparências e vozes, levando as vítimas a confiarem neles completamente. De acordo com a polícia, a maioria dos indivíduos presos são homens, muitos deles vindos da China continental, Taiwan, Índia e Cingapura.

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