Quando Larry Fink, o CEO da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, que administra a impressionante quantia de US$ 13 trilhões, admite que estava errado sobre o Bitcoin, as pessoas tomam nota.

Em 14 de outubro de 2024, a estratégia de Bitcoin (BTC) da BlackRock atingiu novos patamares quando o ETF de Bitcoin à vista da empresa ultrapassou US$ 1,65 bilhão em volume de negociação de 24 horas.

Mas a manchete não é apenas sobre números — é sobre a visão evolutiva de Fink sobre o Bitcoin.

“Acreditamos que o Bitcoin é uma classe de ativos em si”, declarou Fink. “É uma alternativa a outras commodities como o ouro. E então, acho que a aplicação dessa forma de investimento será expandida para o papel do Ethereum como um blockchain que pode crescer dramaticamente.”

Aposta do BlackRock no Bitcoin

Até agora, a BlackRock detém impressionantes 369.640 BTC, avaliados em mais de US$ 24,26 bilhões, o que representa 1,76% do fornecimento total de Bitcoin.

A alocação massiva sinaliza uma mudança de paradigma na aceitação institucional do Bitcoin, com Fink posicionando a BlackRock na vanguarda da revolução dos ativos digitais.

De acordo com Fink, o Bitcoin não é mais apenas um ativo especulativo — ele está se consolidando como uma parte fundamental do ecossistema financeiro.

“Eu realmente não acredito que seja uma função de regulamentação — de mais regulamentação, menos regulamentação. Eu acho que é uma função de liquidez, transparência… não diferente de anos atrás quando começamos o mercado de hipotecas, anos atrás quando o mercado de alto rendimento ocorreu.”

Enquanto a capitalização de mercado atual do Bitcoin está em torno de US$ 1,3 trilhão, Fink prevê que a moeda digital cresça para rivalizar com o mercado imobiliário dos EUA, que é avaliado em mais de US$ 50 trilhões. Ele acredita que o Bitcoin pode se tornar tão essencial ao sistema financeiro quanto o mercado imobiliário tem sido ao longo dos anos.

A BlackRock tem mantido discussões com instituições ao redor do mundo sobre alocações de Bitcoin, validando ainda mais seu lugar em portfólios globais. As observações de Fink representam uma mudança significativa de seu ceticismo anterior, quando ele se alinhou com pessoas como o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, ao questionar o valor das criptomoedas em 2021.

ETF de Bitcoin da BlackRock

Desde o lançamento de seu fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin à vista em janeiro de 2024, a BlackRock estabeleceu novos recordes de volume de negociação. O ETF de Bitcoin disparou para US$ 24 bilhões em ativos em apenas nove meses, demonstrando a crescente demanda por exposição ao Bitcoin.

“E continuaremos a ser pioneiros em novos produtos para tornar o investimento mais fácil e acessível”, acrescentou Fink durante a última chamada da empresa.

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