O Índice de Preços no Consumidor (IPC) é uma medida fundamental que reflete a evolução dos preços de um cabaz representativo de bens e serviços consumidos pelas famílias. Basicamente, o IPC mede a inflação ou deflação comparando os preços actuais com os de um período anterior, fornecendo uma taxa de variação dos preços ao consumidor.

Afecta o mercado porque é um indicador chave da saúde económica. Se os preços subirem rapidamente (inflação elevada), os bancos centrais, como a Reserva Federal nos EUA, podem aumentar as taxas de juro para controlar a inflação. Isto torna os empréstimos mais caros, o que pode abrandar o investimento e o consumo, impactando negativamente as ações e outros ativos financeiros. Por outro lado, a inflação moderada ou controlada é normalmente vista como positiva, uma vez que pode encorajar o crescimento económico sem a necessidade de ajustamentos drásticos na política monetária.

Quando o IPC apresenta uma inflação superior ao esperado, o mercado pode reagir negativamente devido ao receio de aperto das políticas monetárias, como aumentos nas taxas de juro. Pelo contrário, se a inflação for baixa ou estiver em linha com as expectativas, os mercados normalmente reagem positivamente, uma vez que não são esperados aumentos repentinos das taxas que desacelerem o crescimento.

Quando o IPC sobe, significa que os preços dos bens e serviços aumentaram, indicando inflação. Este aumento pode ter vários efeitos na economia e nos mercados:

O que acontece quando o IPC sobe ou desce?

1. Aumento das taxas de juro: Se o IPC subir demasiado, os bancos centrais, como a Reserva Federal, podem aumentar as taxas de juro para controlar a inflação. Isto torna os empréstimos mais caros e pode abrandar o consumo e o investimento.

2. Menor poder de compra: O dinheiro perde valor, o que significa que os consumidores podem comprar menos com a mesma quantidade de dinheiro.

3. Impacto nas ações: As ações, especialmente em setores sensíveis às taxas de juro (como o imobiliário ou a tecnologia), podem cair devido à expectativa de custos de financiamento mais elevados.

4. Aumento dos rendimentos das obrigações: As obrigações tendem a ser menos atractivas em períodos de inflação elevada, à medida que as taxas de juro sobem.

Por outro lado, quando o IPC cai, reflecte uma redução ou abrandamento nos aumentos de preços:

1. Políticas monetárias mais flexíveis: Se a inflação for baixa, os bancos centrais podem reduzir as taxas de juro para estimular o crescimento económico, o que pode aumentar o acesso ao crédito.

2. Maior poder de compra: Os consumidores podem comprar mais com o mesmo dinheiro, o que pode aumentar o consumo.

3. Impacto positivo nas ações: Os mercados bolsistas normalmente reagem positivamente à expectativa de taxas de juro mais baixas, uma vez que reduz os custos de financiamento para as empresas.