Criminoso cibernético admite crime de US$ 37 milhões em criptomoedas

Um cibercriminoso de 21 anos de Indiana se declarou culpado de fraudar 571 pessoas em US$ 37 milhões em criptomoedas ao explorar a identidade de um cliente legítimo durante um ataque cibernético em 2022.

Frederick Light enfrenta acusações de fraude eletrônica e conspiração para lavagem de instrumentos monetários, refletindo uma tendência preocupante de aumento de crimes cibernéticos em meio à crescente digitalização.

Evan Frederick Light, um jovem de 21 anos de Lebanon, Indiana, declarou-se culpado de acusações de conspiração para cometer fraude eletrônica e lavagem de instrumentos monetários. O anúncio foi feito pela procuradora dos Estados Unidos Alison J. Ramsdell… https://t.co/cQwy1VkFIS#CyberSecurity#InfoSec

— iSecurity (@iSecurity) 7 de outubro de 2024

Em fevereiro de 2022, Light teve como alvo uma empresa de investimentos em Sioux Falls, Dakota do Sul, onde seu acesso à identidade do cliente lhe permitiu violar os servidores da empresa e comprometer as informações pessoais identificáveis ​​(PII) de seus clientes, de acordo com um artigo da Security Affairs.

Com a ajuda de um cúmplice não identificado, ele executou este amplo esquema para roubar moedas digitais:

“Light roubou informações pessoais identificáveis ​​(“PII”) de clientes e então roubou criptomoedas no valor de mais de US$ 37 milhões de quase 600 vítimas. Ele agiu com um ou mais perpetradores não identificados.”

O DOJ acrescentou:

“Após acessar com sucesso os servidores do computador, ele então exfiltrou dos servidores as PII de centenas de outros clientes, usando esse acesso para roubar moedas virtuais dos clientes que mantinham tais ativos com a empresa de investimentos.”

O Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) relatou que Light lavou os fundos roubados, distribuindo-os para vários locais no mundo todo, utilizando vários serviços de mistura e sites de apostas para ocultar as origens ilícitas do dinheiro.

Cripto Crimes Cibernéticos Continuam a Aumentar

Light enfrenta uma pena de prisão significativa por suas atividades fraudulentas, com cada acusação potencialmente levando a até 20 anos de prisão, multas, três anos de liberdade supervisionada, uma avaliação especial de US$ 200 e a possibilidade de restituição.

No entanto, o caso de Light é emblemático de uma tendência mais ampla: houve um aumento notável de golpes com criptomoedas e crimes cibernéticos em todo o mundo.

A Rússia, por exemplo, relatou mais de 40 milhões de incidentes de violação de dados no primeiro trimestre de 2022, tornando-se uma das maiores vítimas de crimes cibernéticos.

Na Oceania, a Austrália é o principal alvo, enquanto a Nigéria surgiu como um ponto crítico para atividades cibercriminosas na África.

O custo médio de uma violação cibernética foi estimado em aproximadamente US$ 4,35 milhões em 2022, com projeções sugerindo que os custos globais do crime cibernético podem chegar a cerca de US$ 10,5 trilhões, acima dos US$ 7 trilhões do ano anterior.

Relatórios recentes indicam que os criminosos estão cada vez mais focados em criptomoedas e ativos digitais.

No início deste mês, o governo dos EUA impôs sanções a duas bolsas de criptomoedas — Cryptex e PM2BTC — acusadas de facilitar a lavagem de fundos obtidos por meio de atividades cibercriminosas.

Além disso, no mês passado, o Departamento de Justiça prendeu Malone Lam, conhecido pelos pseudônimos "Greavys" e "Anne Hathaway", junto com Jeandiel Serrano, de 21 anos, também conhecido como "Box", "VersaceGod" e "@SkidStar".

🔴 **Notícias:** Dois homens, Malone Lam e Jeandiel Serrano, foram presos por roubar mais de US$ 230 milhões em Bitcoin. O golpe sofisticado ocorreu em agosto de 2024, e a investigação está em andamento. Mais detalhes disponíveis em fontes de notícias. https://t.co/LPV4EB4Wlm pic.twitter.com/rpn9ap8Ho3

-Ciprian Dom 🇷🇴 (@CiprianDom) 28 de setembro de 2024

Essa dupla supostamente roubou cerca de US$ 230 milhões em criptomoedas e tentou lavar os lucros por meio de várias bolsas e serviços de mistura.